Perfil

Râguebi

Depois da Itália, a Argentina. E o que deve ser Portugal? “Continuar a atacar, a marcar cada vez mais pontos, essa é a nossa arma”

Aos 55 minutos do jogo contra os italianos, há duas semanas, Portugal vencia por 14 pontos, mas acabaria por ser derrotado. Tomás Appleton, capitão da seleção nacional, falou das fraquezas e dos pontos fortes portugueses antes da partida contra a Argentina (sábado, 19h), outra equipa do tier 1 do râguebi mundial

Lusa

Zed Jameson/MB Media

Partilhar

O capitão da seleção portuguesa de râguebi assumiu, esta quarta-feira, que a equipa ‘encaixou’ as palavras fortes do treinador após a derrota com a Itália e frisou que os ‘lobos’ vão corresponder de outra forma no sábado.

Portugal recebe os Argentina Jaguares no sábado, às 19h, no Estádio do Restelo, o mesmo ‘palco’ onde foi derrotado pelos azzurri (38-31) e onde Patrice Lagisquet se mostrou crítico para com os jogadores, ‘acusando’ a equipa de não merecer vencer o encontro.

“A mensagem foi recebida. Aos 55 minutos estávamos a vencer por 14 pontos e deixámos de jogar, achámos que tínhamos de ficar a defender. Mas o que temos de fazer é continuar a atacar, a marcar cada vez mais pontos, pois essa é a nossa arma mais forte”, assumiu Tomás Appleton, numa conferência de imprensa realizada através de uma plataforma digital.

Autor de um ensaio frente aos transalpinos, o centro português relembrou, no entanto, que a seleção não tem “tantos jogos a este nível como desejaria” e, também por isso, o encontro frente à seleção de antecâmara da equipa principal da Argentina assume especial importância na preparação para o torneio de repescagem para o Mundial.

Um dos principais adversários de Portugal no Dubai, em novembro, sairá de um ‘play-off’ entre Chile e Estados Unidos. Segundo Appleton, “as equipas americanas têm uma identidade muito parecida”.

“Sabemos o nível da equipa que vamos defrontar e o tipo de râguebi que praticam. Gostam de jogar em ‘off load’, com passes rápidos em toda a largura do campo e é nisso que temos de nos focar. Não podia haver melhor teste do que este”, concluiu.

Ao lado do capitão, o selecionador Patrice Lagisquet acrescentou também que, além dessas características, os sul-americanos são ainda “uma equipa forte nas fases estáticas” do jogo.

“Vão colocar-nos sob pressão do primeiro ao último minuto. Estão habituados a jogar no Super Rugby e têm uma equipa forte. Dominaram os últimos 20 minutos frente à Geórgia e vai ser difícil para nós manter o nível até ao fim”, analisou o treinador francês.

De resto, questionado a preparação da equipa para este encontro e o que espera dos ‘lobos’, Lagisquet lembrou que Portugal tem “muitos jogadores amadores”, que “não estiveram sempre todos juntos” durante as últimas duas semanas e tentou ainda esconder o jogo.

“Trabalhámos muito a disciplina e a defesa do maul. Não é segredo para ninguém que é uma das nossas maiores fraquezas e tentamos trabalhar bem estes problemas. O resto? Vamos tentar mostrar no sábado”, indicou.

Portugal recebe no sábado, às 19h, no Estádio do Restelo, os Argentina Jaguares, equipa de antecâmara da seleção principal da Argentina. O encontro serve de preparação para o torneio final de repescagem para o Mundial de França2023, que se disputa em novembro, no Dubai.