A análise ao jogo
“Jogo historicamente difícil para todas as equipas que aqui vêm, um ambiente difícil porque os adeptos são fervorosos, muito apaixonados pelo seu clube, e depois temos de ser um bocadinho mais eficazes. Em termos ofensivos, se definirmos melhor e tivéssemos feito um segundo golo, aí acabávamos com o jogo. Depois é isto, numa bola parada poderia surgir algum dissabor que não merecíamos, dominámos o jogo e o Vitória não fez um remate enquadrado.
Por vezes, houve alguns momentos de qualidade, não tentamos quanto queríamos, na entrada no último terço, na definição, não tivemos tão bem. Mas o espírito foi mito bom, às vezes os jogos também se resolvem desta forma, não com a nota artística que todos nós queremos.”
O que faltou?
“Houve momentos em que chegávamos na largura com alguma facilidade, mas depois havia a basculação da equipa do Vitória e éramos algo previsíveis a explicar a profundidade na linha defensiva. Devíamos ter explorado mais jogo interior, dessa forma teríamos criado mais dificuldades. Na subida coletiva do Vitória, o Diogo Costa meteu a bola longa e o Taremi isolou-se, são situações trabalhadas, alguns momentos foram metidos em campo e outros nem tanto. Podíamos ter criado maior desconforto ao Vitória, provocar algo mais no jogo, nomeadamente com movimentos de aproximação ao portador da bola, em apoio e em profundidade.”
Pareceu irritado a chamar Pêpê ao banco ainda na 1.ª parte
“[Ri-se] Tem que ver às vezes com pequenos pormenores que me saltam à vista e normalmente peço aos jogadores, mas eles não fazem. São coisas que acontecem no jogo, no momento. Ainda bem que o árbitro não pensou que era para ele, senão estava sujeito a levar um cartão amarelo. É a minha forma de ver o jogo, faz parte.”
Vem aí a Taça da Liga, a espinha encravada
“Se jogarmos a pensar que é tão importante como as outras competições, não tenho dúvida que podemos chegar à final e ganhar. Depende da forma como olharmos para a competição. Um título é um título, nos objetivos traçados no início da época está incluída a Taça da Liga, vamos olhar para o Académico de Viseu como o jogo mais importante da época, porque é o próximo, é assim que funciona neste clube, não há qualquer tipo de relaxamento, é sempre no red line.”