Boavista
“Acho que independentemente da forma do nosso adversário, é sempre um dérbi e um jogo diferente para as pessoas do Porto, do Norte. Com certeza que não vai fugir muito às características dos últimos dérbis que pude jogar: muito intenso, agressivo no bom sentido, com duas massas que apoiam muito as suas equipas e muito apaixonadas pelos seus clubes. Espero que seja um bom espetáculo de futebol dentro de um jogo que é muito vivido e sentido pelas pessoas, acabando por transportar isso para o campo.”
Ansiedade por eventual castigo?
“A minha ansiedade tem a ver com outros problemas na vida, sinceramente. Aquilo que tem de vir da decisão vai chegar…”
Expulsão em Mafra, a 21.ª
“Temos de olhar para a situação e para o futebol em geral, sem querer fugir à questão, olhar para o que são os treinadores, a qualidade dos jogadores, para o que as equipas portuguesas têm feito na Liga dos Campeões. Há muita qualidade. Olhamos para o Mundial, muitos jogadores que estão a jogar em Portugal vão estar presentes nas diferentes seleções. Penso que não vai estar nenhum árbitro português no Mundial, acho eu. Há muito a melhorar em todos os aspetos, na arbitragem também.
O problema é que, quando se é de certa forma protegido, temos a tendência a não evoluir, a não melhorar. A arbitragem, no geral, é protegida. Não temos acesso a um áudio entre VAR e árbitro. Se eu digo uma coisa, é escrito de uma determinada forma que me castiga e, no fundo, não disse aquilo, há testemunhas, mas não posso dizer o contrário. Eu, como treinador, e os dirigentes somos analisados pelos resultados. Ao fim de um campeonato perdido com uma má decisão de árbitro ou alguma incompetência da minha parte, eu sou metido na rua. Um árbitro se calhar fica uma semana fora, mas depois volta à atividade normal, está sempre protegido.
O futebol português tem de melhorar em tudo, também em alguns excessos nos bancos, nomeadamente no do FC Porto e na minha postura. Não vou mudar, vou continuar a ser efusivo. Posso olhar de forma mais fulminante os meus jogadores ou árbitros e vão continuar a expulsar-me. Vou continuar exatamente da mesma forma. Digo com muita sinceridade, eu não preciso do futebol. Financeiramente, digo. Preciso de futebol porque sou apaixonado. (...) Sei que não sou um treinador fácil para os árbitros e equipas adversárias, daí se calhar toda a campanha… Sei que também não fui, enquanto jogador, fácil para os treinadores que tive pela frente. Daí dizer que não vou mudar.”
Pepe
“Está a treinar já normal. Está de fora há algum tempo, é verdade, está nesta fase final e pronto para dar o seu contributo à equipa.”
Portistas no Mundial: o que muda?
"Há um planeamento que fazemos, além da comunicação que temos com os nossos atletas nas seleções. Vamos ficar sem alguns jogadores. Estamos sempre atentos e também com a comunicação com o Folha, [o treinador] da equipa B. Para nós é normal, fazemos normalmente um trabalho em conjunto em termos de competição, sim. Não estamos habituados a que o campeonato pare durante tanto tempo para se jogar a prova mais importante. É uma incógnita, não sabemos quando os nossos atletas vão chegar, se poderá haver uma ou outra lesão.”
Objetivos
“Não devemos perder pontos, ficamos mais longe do objetivo. Esta é uma época, como falámos, atípica. Há muito campeonato para se jogar. Não vale a pena pensar no que já fizemos, temos de olhar para esses jogos em que perdemos pontos e realmente foram pontos contra equipas que à partida ou teoricamente tínhamos todos as condições para ganhar e não aconteceu. Olhamos para corrigir, mas é olhar para a frente, para o jogo com o Boavista. Faltam muitas batalhas para chegar a essa recta final.”