Jogo
“A jogada do primeiro golo é uma jogada fantástica, onde saímos de uma forma muito vertical para o ataque. Conseguimos um golo muito bonito, muito bonito, e numa Liga dos Campeões não é fácil. Temos equipas extremamente competitivas que jogam em campeonatos onde têm testes semanais muito fortes. Estão habituados a este tipo de ritmo e intensidade no jogo, nós temos de equilibrar. Por vezes não é fácil, queríamos do primeiro ao último minuto sobrepor-nos ao adversário, mas o adversário também tem qualidade. Não estando num momento fantástico, reconheço isso, tem jogadores que de um momento para o outro podem desequilibrar o jogo. Houve alguma precipitação na primeira parte, foi um jogo muito equilibrado. Com bola e em bola, não definimos muito bem a nossa zona e momento de pressão, dando alguma iniciativa ao adversário, que chegava com facilidade aos corredores laterais, onde tem jogadores fortíssimos no 1x1.”
Intervalo
“Houve correções, foi fundamental para o que foi a segunda parte. A segunda parte foi praticamente nossa. Conseguimos os golos. O controlo do jogo também, sabendo que tínhamos pela frente, e tínhamos de ter respeito, uma equipa que está habituada a estes palcos.”
Otávio
“Defensivamente, no nosso primeiro momento de pressão não estávamos muito bem. O Otávio é um jogador extremamente experiente, não só defensivamente, porque ele interpreta bem aquilo que eu quero, no fundo, sendo um terceiro médio, entrando numa dinâmica em termos defensivos que é importante para a equipa. E, depois, com bola, havia também alguma precipitação, como queríamos sair para o ataque e como saímos tão bem, o exemplo disso é o primeiro golo que fizemos, que é fantástico, de uma forma muito mais assertiva. Não é que o Bruno Costa estivesse a jogar mal, nada disso, fez um excelente jogo contra Braga, hoje fez uma boa primeira parte, mas precisávamos de melhorar e corrigir algumas coisas que eram importantes para ganharmos o jogo.”
Golos vindo do banco: sabor especial para o treinador?
“É o mesmo treinador que meteu a equipa a jogar em Vila do Conde e sofremos o que sofremos. É o mesmo treinador que meteu uma equipa com uma estratégia definida e perdeu por 4-0 com o Brugge. Tentamos sempre o melhor, passamos a mensagem que acho que é importante e que não é nada de especial. Os treinadores falam de mensagens e não há mensagem nenhuma, a mensagem é o trabalho, a estratégia definida, aquilo que percebemos do jogo em função das características de cada um perante algumas fragilidades que o adversário possa apresentar, e sermos consistentes como equipa a nível defensivo. É a base. Vocês sabem que não sou um treinador defensivo, somos sempre o melhor ataque, mas é a base para termos equipa sólida e coesa para depois podermos ferir o adversário como ferimos hoje. Não há varinha mágica, há trabalho, há trabalho…”