Ataque do Sp. Braga
“Trabalhamos todos os aspectos do jogo ou que pensamos que possam ser importantes no jogo, olhando para aquilo que é o adversário, o seu percurso e o momento atual, e olhando para algumas coisas que temos de continuar a trabalhar e melhorar na equipa.”
Apedrejamento ao carro da família e palavras de Pinto da Costa
“Obviamente, foi uma situação que me abalou e que abalou a minha família, claramente que sim. E aproveito para agradecer o apoio de todos os quadrantes e sem distinção clubística que tiveram uma palavra e um gesto de apoio para mim e para com a minha família. Agradeço desde já a todos. Depois, ontem [quarta-feira] tive uma visita que me tocou bastante ao IPO e no final tive uma declaração, algo emocionado, em que dizia que trocava todas as vitórias e conquistas e momentos felizes que passei, graças a Deus, e foram alguns e em toda a minha carreira, pela vida daqueles miúdos, com quem tive a oportunidade de estar e perceber o estado deles.
Com a minha família é exatamente ́a mesma coisa, nada é mais importante que a família e trocava tudo o que é esse sucesso desportivo que tive pelo bem-estar da mesma. Não há mais nada a acrescentar. Penso que toda a gente se revê nestas minhas palavras, são palavras sentidas e de alguém que sofreu, não fui e antes fosse, um ataque feio a gente que não está diretamente ligada ao sucesso ou não desportivo.”
Junta ataque ao resultado daquela noite [0-4 Club Brugge]?
“Não faço a mínima ideia, está em investigação. Cheguei com 15 anos ao FC Porto, já são muitos anos desde os juniores como jogador. Entretanto todos os anos que tive como jogador fui campeão. Enquanto treinador mais de 50% do tempo que estive aqui, ou seja, em cinco anos fui três vezes campeão também, entre outros títulos. Tive a ajuda de toda a estrutura, da minha equipa técnica, de todos os jogadores, para ser hoje o treinador mais titulado a par do senhor Artur Jorge. Mas não podemos passar aquela linha, aquele limite exigível, o comportamento entre aquilo que é a paixão e a vontade de vencer e a estupidez e o inqualificável, como foi o caso. Um gesto de alguém isolado. Não é exemplo nem revejo nesse gesto toda a gente que ama o FC Porto.”
Pediu punição interna para quem atacou?
“Falei o que tinha a falar, não houve nenhuma conversa nesse sentido com a direção.”
Jogo com o Sp. Braga
“Tive a oportunidade de ver os títulos da conferência do meu colega do Braga e ele não se referiu ao FC Porto ou não quis referir-se ao FC Porto dizendo que o importante era que mantivessem a identidade. Sou da mesma opinião, pensar muito no que temos de fazer e melhorar em relação ao que fizemos no passado e encarar o jogo com um candidato ao título e ganhar os três pontos. Isso é que é importante.
Claro que gostava que este jogo aparecesse num outro momento. É focarmo-nos no que é importante, pensando muito na nossa equipa, obviamente olhando e percebendo que o Braga está muito forte, muito bem, ainda não perdeu este ano, é o melhor ataque, é uma equipa consistente também a nível defensivo. Cabe a nós desmontar essa boa organização defensiva e a boa presença no último terço e os jogadores influentes.”
Taremi
“Jogámos contra o Rio Ave há uns anos e o Taremi jogava. Quando começámos a analisar o Rio Ave, penso que era o Carvalhal à frente da equipa, deu-me a sensação que aquele jogador era acima dos outros a nível de inteligência. A movimentação dele, quando surgia em apoio, quando tentava explorar as costas da linha defensiva. Não sendo um jogador rápido, era um jogador super inteligente. Acho que na vida dele também é assim, é super inteligente, tem um caráter fantástico, é um grandíssimo profissional e é um ser humano fabuloso. Com ele não se passa nada, está bem com os colegas todos. Não é um jogador de alterar o seu estado de espírito por isto ou aquilo. Ouve e está farto de ser massacrado com isto e aquilo, o que importa para ele é falar de futebol.”
Como mudar momento negativo
“Podemos e devemos agarrar-nos ao trabalho, ao que é o trabalho. É verdade que perdemos em Vila do Conde. Se na segunda parte tivéssemos feito 7 ou 8 golos, estávamos aqui a falar de uma reviravolta fantástica, não o fizemos. Entrámos muito mal no jogo, uma primeira parte horrível, a pior desde sempre. OK, aceitamos. [Com o Club Brugge] foi o pior jogo de Liga dos Campeões desde que estou à frente do FC Porto. Um mau jogo em todos os sentidos, tentámos dar uma resposta contra o Estoril, mais conseguida na segunda parte. Não estamos a entrar bem nos jogos, é uma realidade. isso tem que ver com o trabalho, com uma ou outra mudança, com jogadores que têm a sua história e que é uma história diferente de um clube que em todos os momentos tem de estar no máximo, no limite. É uma situação que é trabalhada.”
Lesões
“O Uribe veio lesionado, com um problema no pulso. O pepe tem uma evolução melhor do que a do Otávio.”
Espera no Dragão após jogo com Estoril: como ve a contestaçao?
“Uma contestação é uma contestação. Depois, há momentos em que se pode contestar quando não se ganha durante quatro anos, quando em dois anos se perde uma vez, ou se perde uma segunda vez... Estamos mal habituados. Depende da forma como olhamos para isso. Sinceramente, depois do jogo com o Estoril, saí tranquilamente, não vi nada. Saí de vidros abertos, é uma realidade, estava com calor. Sem problema absolutamente nenhum. Esou completamente de acordo com o presidente: se um clube como este, depois de um empate, que não é bom principalmente no campeonato, se nao estao meia dúzia de adeptos a assobiar e a dizer mal do clube, às vezes de tudo e de todos… é normal. Saí tranquilamente. É o que é, temos de ganhar jogos, de ganhar títulos."
Mudanças com Artur Jorge no Sp. Braga
“É um 4-4-2 clássico. Sem bola, defende dessa forma. Com bola, mete os alas muito por dentro, os avançados são muito combativos, incisivos como disputam cada lance. Tem uns laterais interessantes de trás para a frente. O Al-Musrati é a ancora, com o André Horta em diferentes zonas. Tem dinâmicas com bola muito interessantes, mete muita gente no processo ofensivo. E sem bola toda a gente é humilde e está a trabalhar muito bem. E depois tem aqueles miúdos da formação que dão sempre uma lufada de ar fresco, que dão sempre algo ao jogo. O Abel Ruiz é avançado para ter em conta também. É um grupo de trabalho interessante, com um treinador que conhece muit bem a casa.”