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Sérgio Conceição: “A derrota com o Rio Ave sinceramente foi a que mais me custou, pela forma como perdemos”

Na antevisão ao encontro de sábado com o Gil Vicente, o treinador do FC Porto reviu o desaire em Vila do Conde, uma das piores da sua carreira, disse, e as declarações sobre o tempo útil de jogo, lamentando ter sido “massacrado” quando Portugal continua na cauda da Europa nesse quesito

Expresso

MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA

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Gil Vicente

“Esperamos um jogo à imagem dos que tivemos fora até agora neste campeonato. Jogo difícil contra equipa bem organizada e que já tem alguma competição em cima. Olhar para aquilo que é um treinador experiente com mais de 150 jogos na Liga. Uma equipa que fez um campeonato excelente no ano passado. Em Barcelos os jogos são sempre competitivos e cabe-nos ir à procura de fazer o que não fizemos no último jogo”

Mercado

“No mercado queremos sempre mais e eu o que tenho de fazer, enquanto empregado do clube, é treinar os jogadores à disposição e fazer o máximo com os jogadores que tenho, nos quais tenho muita confiança, que estão à altura das exigências do clube. Dentro do que foi possível, fazer o máximo”

Tempo útil de jogo

“A derrota em Vila do Conde não teve a ver com a qualidade individual e coletiva da equipa, porque acho que somos das mais fortes em Portugal. Teve que ver com uma má abordagem ao jogo, alguma atitude da parte de toda a gente, inclusive do treinador. Uma primeira parte má. Disse isso logo a seguir ao jogo, quando não tinha informações de uma coisa pela qual foi massacrado esta semana, que foi o tempo útil de jogo. Acho alguma piada a quem mete as garras de fora para extrair algo que interessa do meu discurso. Tivemos ocasiões para ganhar o jogo, agora, no geral, o Rio Ave pelo que fez mereceu ganhar e os responsáveis por essa derrota fui eu, o primeiro, e depois dos jogadores. Eu falei do tempo útil de jogo de uma forma geral. A média daquele jogo até foi superior, mas não temos de ficar contentes porque somos o 31.º país no tempo médio de jogo. A sensação que eu tinha no jogo, o ritmo alto da minha equipa… eu revi o jogo e vou dar-vos dois exemplos: dos 50 aos 60 minutos não se jogou durante seis minutos e dos 70 aos 80 jogou-se cinco minutos. Sem contar com substituições. E depois chegamos ao fim e eu sou completamente massacrado. Se quisermos andar neste sentido não contem comigo para reuniões a promover o futebol, esse romantismo que eu não acredito e que para mim é uma hipocrisia”

Trabalhar em cima de derrotas

“Há formas de perder e esta em Vila do Conde e para mim foi a derrota mais pesada, não em termos de números mas sim na prestação da equipa, principalmente na 1.ª parte. Eu mesmo ganhando sou sempre muito exigente. Somos uma equipa técnica em que a vitória é o mínimo porque além disso tem de haver outras coisas. Este semana começou de forma difícil por causa desse estado de espírito. Nós podíamos ter goleado o Rio Ave. Esta foi sinceramente a derrota que a mim me custou mais, pela forma como perdemos. Isso foi abordado, falámos com os jogadores de forma muito sincera, olhos nos olhos. Foi uma semana que não foi fácil”

Como espera o Gil

“Dentro daquilo que é um 4-3-3 que não foge muito. Pode momentaneamente o Fujimoto juntar-se ao Navarro e transformar-se num 4-4-2, por vezes os alas afundam. Analisamos todos os momentos de jogo. É uma equipa capaz defensivamente e também no processo ofensivo, tem jogadores capazes, com qualidade muito interessante”

Samuel Portugal

“É um guarda-redes que tínhamos referenciado, a par de outros. Tem feito épocas muito interessantes e é um valor interessante para nos ajudar. Depois da saída do Marchesin era natural que fossemos buscar alguém, optámos pelo Samuel”

Competições

“Nós vamos lutar por isso, ganhar as provas internas e chegar o mais longe seguinte na Champions. O objetivo é passar a fase de grupos”