Jogo
“O Marítimo entrou desinibido no jogo, entrou a querer demonstrar que vinha aqui para discutir o resultado, é uma atitude positiva. Mas com o tempo fomos criando, fomos sendo a equipa que habituou desde sempre a uma pressão muito forte, alta, a não deixar que o adversário faça o que gosta. Sabíamos que o Marítimo privilegia a construção desde trás. Depois do golo [do Taremi, 1-0], criámos mais situações, sempre com uma equipa do Marítimo agressiva, a tentar sair com perigo para o ataque. Aqui ou acolá, em termos de equilíbrio, no momento em que estávamos em posse, não foi o melhor, mas também por culpa da qualidade do Marítimo. Construímos um resultado normal, natural, para uma equipa que olha para este campeonato para defender o título, percebendo que vamos ter muitas dificuldades.”
Arbitragem
“Estou algo receoso por tudo o que sinto no jogo, nos dois jogos oficiais que temos… quer dizer, sou um treinador que gesticula, falo muito com a equipa dentro do campo, sento-me e levanto-me, vivo o jogo com paixão… Não dirigi a palavra, na semana passada, ao Manuel Mota. Hoje, exatamente o mesmo, estava a gesticular porque achava, acho e tenho a certeza que a situação do [Joel] Tagueu é expulsão, é segundo amarelo. É a melhor forma de não se falar tanto nos erros… o árbitro vem e, com uma atitude na minha ótica fora daquilo que devia ser, de diálogo, veio para mostrar cartão, expulsar o nosso treinador de guarda-redes. Com essa atitude, em vez de acalmar, cria mais nervosismo nas equipas, jogadores e treinadores. Não há necessidade disso. Fomos infelizes com as equipas de arbitragem que tivemos nestes dois jogos oficiais. Vamos ver, estamos aqui para sermos mais fortes do que o adversário, mas dentro do retângulo [de jogo]. No final, em maio, que ganhe a equipa que teve a equipa técnica mais capaz, que teve jogadores mais bravos e mais capazes de levar de vencida os adversários. É isso que espero.”
Foco
"Andamos sempre aqui a trabalhar no limite das nossas capacidades, com toda a dedicação e ambição do mundo. Faz parte do nosso trabalho, também é respeitar o adversário queremos, aos 90 minutos, ainda mais, não baixar a guarda, estarmos sempre alerta e desconfiados. Queremos ser fiéis ao que somos, aos princípios que temos. Se somos uma equipa pressionante, temos de continuar a ser até aos 93 ou 94 minutos, até ao jogo acabar. Essa exigência aqui é diária, no treino e depois, obviamente, que no jogo, que é reflexo do que se passa durante a semana.”