Não sei se já viram jogar (estou a ser generoso) Wout Weghorst, aquele pinheirão neerlandês que o compatriota Ten Hag achou que seria uma opção razoável para a frente de ataque de um clube com a dimensão do Manchester United. Se ainda não viram, garanto-vos que a experiência é aflitiva. Lembra-me aquele pobre nadador da Guiné Equatorial que se ia afogando na piscina olímpica nos jogos de Sidney em 2000. Moussambani bem que esbracejava e esperneava, mas mal saía do lugar e não sei se não teve de ser resgatado com uma boia.
Quando vejo Weghorst, também queria que lhe atirassem uma boia. Que o tirassem dali. Sinto-me o Rocky quando Ivan Drago está a matar Apollo Creed à pancada: tirem-no dali! Para bem dele e dos adeptos. Desgraçadamente, ele é um daqueles jogadores que não atira a toalha ao chão e não vira a cara a luta. Esbraceja, esperneia e ocasionalmente adquire uma expressão sombria mesmo antes de metralhar o adversário com insultos em neerlandês. Ontem, nas meias-finais da Taça de Inglaterra, beijou a bola antes de a dar ao jogador do Brighton que falhou o penálti decisivo. Além da abnegação e da entrega, que geraram um total de zero golos na Premier League, agora será louvado pela eficácia no enguiço.