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Queridos inimigos

Era muito pouca a esperança de que um Sporting estilo Liga Revelação se impusesse a uma equipa matreira, superiormente comandada pelo astuto Conceição, mas o clássico de domingo, escreve Bruno Vieira Amaral, foi um daqueles dias raros em que os benfiquistas, contra todos os seus princípios, que não são muitos mas são importantes, assumiram inequivocamente a preferência pela vitória de um rival

Bruno Vieira Amaral

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

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Ontem [domingo] foi um daqueles dias raros em que os benfiquistas, contra todos os seus princípios, que não são muitos mas são importantes, assumem inequivocamente a preferência pela vitória de um rival. Se o Sporting tivesse ganhado ao Porto, o Benfica teria oito pontos de vantagem para os azuis e brancos, o suficiente para pôr de lado velhas e figadais inimizades e desejar o melhor ao clube liderado pelo Dr. Varandas.

Estavam em disputa três pontos importantíssimos. Para o Benfica, como é óbvio. Já o Sporting tem como grande objetivo no campeonato não ser ultrapassado pelo Vitória ou – no que seria uma tragédia com contornos rocambolescos – pelo Casa Pia. Então o benfiquista comum reservou a tarde de ontem para se informar mais pormenorizadamente sobre a equipa do Sporting, assunto a que não se costuma dedicar, para assim poder ter uma ideia nítida das reais hipóteses de o eterno rival o beneficiar.

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