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Xavi e Busquets não combinam

O analista e comentador Tomás da Cunha fala sobre o Barcelona de Xavi, o antigo médio cerebral que no regresso à equipa como treinador o tornou num conjunto de vertigem, retirando toda a pausa ao ataque. E quem com isso sofre é o seu antigo colega de um dos melhores meio-campos da história do futebol

Tomás da Cunha

NurPhoto/Getty

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Há uns anos, o título deste texto seria inconcebível. Juntando Iniesta, ficaríamos discutivelmente com o melhor meio campo de que há memória. A bola era deles. Mas o tiki-taka, enquanto conceito de futebol nascido e criado em Barcelona, é arte temporal. Não se repete. Surpreende, ainda assim, que o treinador Xavi tenha tão pouca capacidade para compreender e acomodar o (ainda) jogador Busquets.

A “derrota” com o Inter de Milão, em Camp Nou, deixou os catalães praticamente eliminados da Champions. Com a estratégia financeira de Laporta, antecipando receitas para aumentar o investimento no plantel, os próximos anos serão absolutamente decisivos para o futuro do Barça enquanto instituição. Xavi, nesta temporada, não se pode queixar de falta de opções. Mas, na primeira grande noite da temporada, desiludiu.

Não havia Ronald Araújo nem Koundé, dois centrais preparados para defender espaços largos. Faltava também Christensen. Estas ausências atiraram Piqué para o 11 titular. Já no ocaso da carreira, perdendo importância na equipa, acabou por ser um dos responsáveis pela debacle catalã – desde logo, no primeiro golo do Inter. Foi altamente criticado, tal como Busquets. E é aí que entra Xavi, com um plano de jogo autenticamente suicida na segunda parte.

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