Kun Agüero e a magia que se foi
O comentador e analista Tomás da Cunha fala-nos daquele 2005 em que na Argentina apareceu um tal de Agüero, "Kun" de alcunha, tempos em que a imaginação ainda não tinha morrido. O elogio a um avançado que faz parte do futebol que não volta, um futebol-ficção que não víamos na televisão
16.12.2021 às 10h16
Dave Winter/Getty
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É sempre difícil ver partir aqueles que fizeram parte do nosso imaginário futebolístico, sobretudo por um problema de saúde. Quando acompanhamos todo o percurso de crescimento e os feitos que o jogador alcançou em diferentes momentos da carreira, há quase uma associação imediata a episódios ou ciclos da nossa própria vida, quase como se tivéssemos crescido juntos. Revemo-nos.
Em 2005, estreava-se um menino de 15 anos na primeira divisão argentina, batendo o recorde de precocidade de um tal Diego Armando Maradona. E logo num clube com a dimensão histórica do Independiente. Mais tarde, viríamos a perceber que tinha herdado o nome de uma personagem de desenhos animados japoneses. Não é “Piojo”, “Muñeco” ou “La Brujita”, mas “Kun” também ficava no ouvido.
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