Dennis Rodman disse à "NBC News", durante o fim-de-semana, que planeava viajar para a Rússia de forma a ajudar na libertação de Brittney Griner. A antiga estrela da NBA mostrou-se já certo que o iria fazer, só não conseguiu ainda confirmar o dia, mas as suas declarações levaram a uma reação da parte da presidência dos Estados Unidos.
Na tarde de segunda-feira, quando questionado sobre a visita de Rodman, o porta-voz da Casa Branca, Ned Price, falou sobre a importância de manter as negociações dentro do "canal estabelecido" para evitar complicações. O governo norte-americano tem estado em contacto com a Rússia para negociar uma troca de prisioneiros e conseguir, assim, libertar Griner.
"Acreditamos que qualquer outra coisa além de negociar através do canal estabelecido é suscetível de complicar e dificultar esses esforços de libertação", disse Price, segundo o jornal “The Hill”.
O porta-voz confirmou ainda que, a acontecer, Rodman não vai viajar para a Rússia em nome do governo dos EUA. O ex-basquetebolista afirmou que “obteve autorização" para visitar o país, sendo que a “NBC” sublinhou que Rodman só precisaria de um visto de Moscovo para viajar.
Griner foi detida em fevereiro num aeroporto de Moscovo por viajar com óleo de canábis na mala. Após um julgamento de um mês, foi condenada a nove anos de prisão a 4 de agosto, considerada culpada por tráfico de drogas com intenção criminosa.
Segundo as últimas informações, Joe Biden e o seu governo estão focados em conseguir a libertação de Griner através de uma troca de prisioneiros que além de incluir a jogadora da WNBA, inclui também Paul Whelan, um fuzileiro naval que cumpre pena por acusações de espionagem. Em troca, os Estados Unidos libertariam Viktor Bout, condenado por tráfico de armas.
Segundo Price, que também comentou as negociações na passada segunda-feira, a administração "apresentou uma proposta substancial à Rússia para procurar a liberdade de Paul Whelan ou Brittney Griner". Contando até esta terça-feira, Griner está detida há 187 dias.