Noutras ocasiões e noutros lugares, reprovei os “gaudicidas”, não os assassinos de Gaudí, que morreu atropelado por um elétrico, mas os assassinos da alegria, aqueles jogadores que, por motivos sentimentais ou abstrusos, por promessas feitas a um tio ou por uma mania incurável, não festejam um golo. E isto foi antes do VAR, esse gaudicida tecnológico que nos promete e nega o prazer com requintes sádicos. Por muito que respeite a antiga entidade empregadora, por maior que seja a ligação a um clube, o dever do jogador é o de festejar o golo. Se sente culpa, tem de a disfarçar, para que a culpa que é só dele e de mais ninguém não se dissemine pelo banco e pela bancada.
O comovente anti-festejo de Embolo
Por norme, Bruno Vieira Amaral não tolera o anti-festejo, o desmancha-prazerismo de quem se dá ao luxo de renunciar à alegria em nome de vagas emanações sentimentais. Mas toda a regra tem a sua exceção e comovido ficou com a comoção de Breel Embolo, jogador suíço nascido nos Camarões que experimentou a amarga doçura de marcar o seu primeiro golo num Mundial contra o país em que nasceu
25.11.2022 às 11h57
Claudio Villa
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