A combinação Gana e Mundial leva-nos para 2010. Na África do Sul, o país esteve muito perto de atingir umas históricas meias-finais. Não aconteceu porque Luis Suárez fez de guarda-redes (já pensam na vingança). Mas essa equipa não se esquece. Asamoah Gyan era a referência de um conjunto que juntava Kwadwo Asamoah, Muntari e um jovem André Ayew – herdeiro de Abédi Pelé. Pensar numa proeza desse género é difícil, mas a geração comandada por Otto Addo tem recursos para fazer uma participação digna.
Jérôme Boateng e Kevin-Prince Boateng, ambos nascidos no Gana, representaram seleções diferentes em Mundiais. O caso dos irmãos Williams é semelhante. Iñaki surge como um dos vários “reforços” para esta competição, bem como Tariq Lamptey e Mohammed Salisu (também se falou em Callum Hudson-Odoi). De resto, o elenco convocado tem a média de idades mais baixa entre todas as seleções presentes. O futuro pode ser risonho, se pensarmos no potencial de Kamal Sowah, Kamal Sulemana ou Fatawu Issahaku, que vai dando os primeiros passos ao serviço do Sporting. Mas acima de todos está Mohammed Kudus.
Jovens, ambiciosos e à procura da inspiração de 2010: o retrato dos ganeses que vão enfrentar Portugal
Partey como lançador, Kudus como acelerador, Iñaki Williams à procura do melhor espaço para atacar e ainda a hipótese de um desequilibrador como Sulemana (driblador rapidíssimo) ou Issahaku (facilidade de remate). Portugal não tem os centrais mais rápidos e, caso Pepe não esteja nas condições ideais, a reação à perda de bola terá um papel fundamental para reduzir as saídas do adversário, escreve Tomás da Cunha na sua análise ao Gana, primeiro adversário de Portugal no Mundial (quinta-feira, 16h, TVI)
23.11.2022 às 19h30

Maddie Meyer - FIFA
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