Perfil

Motos

MotoGP ameaça tirar GP Portugal do calendário para 2024

Em causa está o tamanho das pedras usadas na gravilha que preenche as escapatórias do circuito de Portimão, que tem sido alvo recorrente de críticas dos pilotos, que acreditam que provocam lesões quando caem. Carmelo Ezpeleta, líder da Dorna, produtor do Mundial, deixa o aviso: se a situação não for tratada, Portugal “não poderá ser incluído no calendário”

Lusa

GABRIEL BOUYS

Partilhar

A Dorna, a empresa promotora do Mundial de MotoGP, ameaçou retirar o Grande Prémio de Portugal do calendário de provas, caso a situação do cascalho das escapatórias do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) não seja alterada.

Em entrevista à revista alemã “Speedweek”, o espanhol Carmelo Ezpeleta disse que, "a menos que o estado das camadas de cascalho mude completamente, não haverá corrida de MotoGP [no Algarve] no próximo ano".

Em causa, está o tamanho das pedras usadas na gravilha que preenche as escapatórias do circuito algarvio e que serve para fazer reduzir a velocidade dos veículos que saiam de pista ou dos pilotos que caiam.

No entanto, o tamanho das pedras tem provocado críticas dos pilotos de MotoGP desde 2022, por considerarem que são demasiado grandes e que provocam lesões aos pilotos que caem.

“Com a situação atual, que tem feito muitas vítimas, Portimão não terá lugar no calendário em 2024. Temos pedidos suficientes de outros países e circuitos. Deixei isso bem claro aos [organizadores] portugueses", afirmou Ezpeleta à “Speedweek”.

De acordo com a publicação alemã, a Dorna exigiu que a situação fosse reparada antes da corrida do Campeonato do Mundo de Superbikes (29 de setembro a 1 de outubro).

Carmelo Ezpeleta afirmou que se não forem reparadas as “armadilhas de cascalho em conformidade com os regulamentos”, o AIA não receberá a homologação Grau A em 2024, que permite acolher as provas de MotoGP.

“Assim, não poderão ser incluídos no calendário”, sublinhou.