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Miguel Oliveira voa para a vitória no Grande Prémio da Tailândia

Piloto português conquistou a segunda corrida na temporada, a quinta da carreira no Moto GP. Oliveira saiu de 11.º e partiu para uma exibição fantástica numa pista molhada

Pedro Barata

MANAN VATSYAYANA/Getty

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Dedo em riste e aceno confiante de cabeça. Foi assim que Miguel Oliveira cruzou, na sua KTM, a meta do Grande Prémio da Tailândia, selando o triunfo na 17.ª prova da temporada no Moto GP.

A segunda vitória para o português em 2022, depois de também ter sido o melhor na Indonésia, surge depois de uma exibição fantástica de Oliveira. Arrancando de 11.º, o piloto da KTM ganhou várias posições logo na primeira volta e depois teve uma condução sem erros, não tremendo na parte final perante a oposição do australiano Jack Miller, da Ducati, que foi segundo. Bagnaia, italiano também da Ducati, terminou em terceiro.

Com a pista molhada, Miguel Oliveira voltou a mostrar as suas credenciais nesse tipo de condições. O homem da KTM selou a ultrapassagem a Jack Miller a 11 voltas do final.

No final da corrida, o português disse que “sempre que tem uma hipótese de correr com a pista de molhada, é sempre muito rápido”, assumindo que, quando começou a chover, teve “flashbacks da Indonésia”, onde também venceu assim. À “Sport TV”, Miguel Oliveira assumiu que “andar à chave é uma questão da sensação do momento”, havendo a necessidade de ser “muito suave a abordar as travagens, acelerações ou velocidade por curva”, o que se adapta às suas características.

Oliveira expressou a “grande felicidade” pela vitória. Foi a quinta vitória da carreira do português no Moto GP. Ao já referido triunfo na Indonésia, neste ano, juntam-se a Catalunha em 2021, Portugal e Estíria em 2020.

À “Sport TV”, Miguel Oliveira sublinhou ainda a “dificuldade” da prova. O português, que subiu ao oitavo lugar do Mundial, apercebeu-se que “tinha andamento” à medida que a corrida foi avançando e conseguiu ganhar algumas posições. “Quando vi que tinha chances para ultrapassar o Miller, ultrapassei-o, e consegui ganhar um pequeno destaque em relação a ele. Sozinho é muito complicado psicologicamente, mas conseguimos, é o que interessa”, descreveu Oliveira, que dedicou a vitória à mulher, à filha e “a todos os fãs que apoiam”.

O francês Fabio Quartararo (Yamaha), que foi apenas 17.º, mantém a liderança do campeonato, mas agora com apenas dois pontos de vantagem sobre Bagnaia. Faltam somente três corridas para terminar a temporada. A próxima é a 16 de outubro, na Austrália.