Perfil

Motos

MotoGP: a dança das cadeiras acabou e Miguel Oliveira sentou-se na Aprilia

O piloto português, de 27 anos, vai correr pela WithU RNF, a equipa satélite da Aprilia, no que será a sua quinta temporada no MotoGP. Miguel Oliveira assinou um contrato de duas épocas com a Aprilia

Diogo Pombo

Steve Wobser/Getty

Partilhar

Falou-se na Ducati, nas últimas ainda se leu que, afinal, poderia não arredar pé da KTM, equipa com a qual subiu à categoria-rainha do motociclismo, mas não. As rodas e a moto com que Miguel Oliveira se inclinará sobre o alcatrão e roçará com os joelhos no piso será a Aprilia, embora não propriamente uma Aprilia das melhores.

Pouco antes de surgir diante dos jornalistas, esta terça-feira, para falar acerca do que o espera na próxima época, a marca italiana confirmou o piloto português como um dos seus pilotos em 2023. Dentro das casas da Aprilia, contudo, Miguel Oliveira não ficará na equipa de fábrica onde todos querem estar.

Findos quatro anos no MotoGP - com quatro vitórias e dois pódios -, o português troca de companhias e passará a correr pela WithU RNF, satélite da marca italiana, ao lado de Raúl Fernández, o espanhol vindo também da KTM. “Estamos extremamente contentes por lhes dar as boas-vindas. São ambos jovens pilotos com uma boa combinação de experiência”, resumiu Razlan Razali, o diretor da equipa, em comunicado.

Na conferência de imprensa convocada para a Charneca da Caparica, a primeira palavra foi do pai, Paulo Oliveira, salvaguardando que o filho não poderia discutir em concreto o contrato de dois anos firmado com a Aprilia e frisando que o vínculo é com a equipa de fábrica e não com a satélite.

O progenitor admitiu que as conversações vinham de há meses, o piloto confessou que “talvez tenha havido um fim de semana ou outro em que as conversações tenham sido mais intensas”, causando mexericos na sua cabeça. Miguel Oliveira revelou que “ainda não trocou impressões” com Aleix Espargaró ou Maverick Viñales, a dupla espanhola que competirá pela equipa oficial da Aprilia já que está focado “a 200%” na restante competição desta época - faltam sete corridas, a primeira delas já este fim de semana, no Grande Prémio de San Marino.

Sobre a hipótese da Ducati, o piloto de Almada confirmou que houve conversas: “Fui sempre uma opção muito apetecível para a Ducati, até porque o que foi falado foi um lugar nalguma equipa com uma moto possivelmente oficial, mas os timings não eram os certos para mim”.