Imagine que alguém lhe dizia que estava em Portugal o maior prodígio dos 100 metros desde Usain Bolt. Com as devidas distâncias, é isto, mais coisa, menos coisa, que meia Europa anda a clamar sobre Francisco Costa, andebolista do Sporting de 18 anos. A comparação com o aparecimento de Nikola Karabatić, provavelmente o melhor jogador de andebol das duas últimas décadas, fê-la recentemente o “Sportbladet”, jornal da Suécia, uma das potências da modalidade. “Até me arrepio a ouvir isso”, confessa Hugo Valente, treinador que acompanhou o percurso de “Kiko”, como é conhecido Francisco Costa, desde os 11 anos até aos seniores. Rasmus Boysen, antigo jogador dinamarquês e agora comentador, não tem dúvidas que ele é “o maior talento do andebol mundial” da atualidade, um rapaz nascido em Vila Nova de Gaia e não numa qualquer cidade ou vila nórdica, alemã ou francesa. Já nos fomos habituando aos feitos da seleção nacional, que nos últimos cinco anos foi abocanhando bons resultados nas grandes competições, conseguindo até uma inédita participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas ninguém nos preparou para um fenómeno de nome próprio.
Francisco Costa: um prodígio com a bola na mão (o perfil de mais um dos 50 nomes que promete dar que falar)
O maior talento do andebol mundial das duas últimas décadas não é nórdico, alemão ou francês. É português mesmo. Filho de andebolistas, Francisco Costa já esteve, aos 17 anos, no último Campeonato do Mundo de seniores. Será uma das figuras da modalidade nos próximos anos e é um dos 50 escolhidos pelo Expresso, por representarem o futuro do país - a que juntamos 50 que marcaram os últimos 50 anos
Lídia Paralta Gomes
21.03.2023 às 9h34

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