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Diogo Ribeiro bate recorde dos 100 metros livres e baixa barreira dos 47 segundos

Nos campeonatos nacionais, em Leiria, o jovem de 18 anos nadou o primeiro percurso dos 4x100 livres em 46,65 segundos, batendo o seu anterior máximo

Lusa

RODRIGO ANTUNES/LUSA

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O nadador Diogo Ribeiro voltou a melhorar o recorde nacional dos 100 metros livres na derradeira jornada dos campeonatos nacionais de juniores e seniores, em Leiria. A competição foi marcada pela obtenção de 11 máximos absolutos.

O nadador do Benfica é o primeiro português a superar a marca dos 47 segundos, ao nadar o primeiro percurso dos 4x100 livres em 46,65 segundos. O jovem de 18 anos bateu o anterior recorde que lhe pertencia desde o primeiro dia do campeonato em Leiria (47,16).

“Claro que já ambicionava estas marcas. São os meus tempos de conversão para piscina longa. Posso não ter atingido ainda, mas terminei estes 100 livres em grande forma com 46,65. Não podia ter pedido melhor”, referiu Diogo Ribeiro.

O benfiquista admitiu que veio para esta prova “ainda num período muito calmo de treinos” e os treinadores deixaram-no “um pouco mais livre psicologicamente” e o que foi feito em Leiria “foi também fruto de resultado psicológico”.

O nadador afirma que “não podia ter pedido um melhor recomeço da época” e que o “foco está sempre nas provas e no treino”, garantindo que, no que depender de si, se o deixarem, vai “ser livre psicologicamente, uma área que é a mais importante para um atleta”.

“Não devemos colocar uma grande pressão sobre os atletas. Se fizemos um caminho até a um bom resultado de forma livre e se o fizemos bem, penso que devemos continuar livres porque vamos continuar o bom trabalho”, explicou o nadador

O quarteto do Benfica – Diogo Ribeiro, Miguel Marques, Diogo Costa e Miguel Nascimento - bateu o recorde nacional absoluto com 3.12,81 minutos. O anterior máximo pertencia já ao Benfica com 3.15,63.

Destaque ainda na derradeira jornada dos campeonatos de Leiria para os recordes absolutos de Gabriel Lopes, nos 100 metros costas (50,82 segundos), Ana Pinho Rodrigues, nos 50 metros bruços (30,21), e Mariana Cunha, nos 100 metros estilos (1.01,48 minutos).

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    Aos três meses de idade já estava dentro de água. Ia ver as provas da irmã e imaginava-se a nadar ao lado de atletas com quem hoje treina. Com apenas 17 anos, Diogo Ribeiro foi ao Peru em setembro ganhar três títulos mundiais júnior de natação, mas era suposto ainda estar a recuperar do acidente de mota que teve no verão de 2021. Os médicos estimaram um ano de recuperação, mas dois meses bastaram. Agora, quando fecha os olhos e tenta vislumbrar o futuro, Alberto Silva, o seu treinador, diz que “já não consegue imaginar o Diogo fora dos Jogos Olímpicos”. Veja a grande reportagem

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    Aos 17 anos, Diogo Ribeiro saltou para a ribalta ao conquistar um bronze nos Europeus sénior de natação e brilhar ainda mais nos Mundiais juniores, com três medalhas de ouro, uma delas com recorde mundial. Quem o conhece bem destaca que a grande qualidade do conimbricense “é a cabeça”, que “lida muito bem com o stress das provas”, ele que há um ano teve um grave acidente de mota que lhe colocou a carreira em risco. Mas, apesar do investimento da federação em Alberto Silva, reputado técnico brasileiro, é preciso ter em conta que “infelizmente, o Diogo não é exatamente o reflexo da natação portuguesa como um todo”