O canoísta Fernando Pimenta sagrou-se, esta quinta-feira, campeão do mundo de short race, especialidade de maratonas, sucedendo em Ponte de Lima ao compatriota José Ramalho, no que foi o quinto pódio de Portugal na competição.
Pimenta, que esta época conquistou três medalhas nos mundiais e outras tantas nos europeus de velocidade (regatas em linha), prolongou a época para poder competir em casa, brindando milhares de fãs com uma prova irrepreensível que lhe valeu inédito ouro.
Pimenta, que esteve sempre na frente, cumpriu a prova em 12.49 minutos, batendo o dinamarquês Mads Pedersen, que ainda forçou na reta final, por 65 centésimos de segundo.
O último lugar do pódio foi para o espanhol Ivan Alonso, a 19,48 segundos, numa prova em que José Ramalho, campeão em 2021, foi oitavo, a 31,87, depois de um problema na primeira portagem que o atrasou, irremediavelmente.
Pimenta não competia em maratonas desde 2012, nos mundiais de Roma, quando foi vice-campeão do Mundo de sub-23 e bronze em seniores, em dias consecutivos. Dez anos depois de participar pela última vez na vertente, voltou a esta especialidade para “cumprir o sonho” de ser campeão do Mundo na sua terra natal, conseguindo-o com distinção, ao bater o que tem sido o melhor maratonista da atualidade, o dinamarquês Mads Pedersen.
No sábado, Pimenta e Ramalho competem na prova longa de K1 e no domingo vão fazer equipa em K2. Os mundiais de maratonas juntam até domingo 890 canoístas, oriundos de 36 países. Em agosto, Pimenta, que tem dois pódios olímpicos, conquistou três medalhas nos mundiais de velocidade (regatas em linha) no Canadá e, duas semanas mais tarde, outras tantas nos Europeus multidesportos da Alemanha, juntando agora mais uma, para um total de 122 em provas internacionais.
O ouro de Beatriz Fernandes
A júnior Beatriz Fernandes é, por seu lado, o nome emergente da canoagem portuguesa, provando-o hoje com o título mundial em C1, horas antes de garantir o bronze na short race aberta a todos os escalões, medindo forças com as seniores.
Este é um mês de sonho para Beatriz Fernandes, que, nos mundiais de velocidade (regatas em linha), no início de setembro, na Hungria, foi campeã do Mundo nos olímpicos C1 200 metros, além do bronze em C1 1.000 e prata em C2 500 misto com Martim Azevedo.
Na prova em que Beatriz Fernandes foi campeã, Ana Pereira surpreendeu com o bronze, o lugar que o também júnior Joel Miranda conseguiu, igualmente em C1.
“Foi uma estreia auspiciosa. Um dia de grande espetáculo dado pelos nossos canoístas, que tiveram o apoio de milhares nas margens do Rio Lima. Três medalhas de bronze e duas de ouro, curiosamente conquistadas por canoístas de Ponte de Lima, pelo que a vila está também em festa”, regozijou-se o selecionador Rui Câncio, em declarações à Lusa.
Cumprido o primeiro dia, Portugal está em segundo no medalheiro, com dois ouros e três bronzes, apenas superados pelos dois ouros da Espanha, que tem ainda duas pratas e um bronze.