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Após mais uma derrota no Mundial de basquetebol feminino, as jogadoras do Mali começaram à pancada na zona mista de entrevistas

Um elemento da seleção de basquetebol feminina do Mali começou por atacar uma colega na zona mista, onde os jornalistas entrevistam as jogadoras, no Campeonato do Mundo. Seguiu-se a confusão total. O conjunto africana tinha acabado de perder com a Sérvia, por 81-68, resultado que ditou a eliminação da prova

Expresso

BRENDON THORNE/Getty

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A Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) quer perceber o que se passou no final do jogo entre a Sérvia e o Mali, que as europeias venceram por 81-68. No fim da partida, a contar para o Mundial de Basquetebol Feminino, na Austrália, registaram-se confrontos entre duas atletas malianas, na zona mista.

De acordo com a “BBC”, após a eliminação da sua seleção, na segunda-feira, um elemento da equipa africana começou por atacar uma colega. Algumas das outras jogadoras tentaram acalmar os ânimos, mas o incidente acabou por ser filmado pela televisão sérvia. Sasa Cado, basquetebolista da Sérvia, que tinha acabado de ser entrevistada, ficou chocada, particularmente ao presenciar os murros dados por Salimatou Kourouma, que atua no Stade Malien, a Kamite Elisabeth Dabou, das rivais do Centre Dorinthie Basket.

Numa declaração, o organismo internacional que rege o basquetebol confirmou que vai tomar medidas: “No seguimento do incidente, a FIBA abriu uma investigação. Uma vez concluída, a FIBA vai decidir acerca de quaisquer medidas disciplinares aplicáveis”.

A seleção maliana, pior classificada no ranking mundial entre as presentes na competição, caiu de pára-quedas no torneio. A Nigéria, campeã africana, que bateu o Mali na final da edição do ano passado do Afrobasket, deveria estar presente, mas o governo do país retirou a equipa nacional do Mundial devido a problemas internos, de acordo com a “BBC”.

A equipa africana não ganhou até agora um único jogo no torneio disputado em Sydney. O basquetebol maliano também tem passado por desafios consideráveis nos últimos tempos. Um relatório de 2021 sublinhava “décadas de abusos sexuais” na equipa. O documento foi encomendado pela FIBA, cujo presidente, Hamane Niang, é maliano e foi acusado de negligenciar os abusos entre 1999 e 2007, tempo que passou à frente da Federação do Mali.

O jornal “The Guardian” descreve que as malianas têm mostrado alguns laivos de competitividade, apesar do registo negativo. A equipa africana defrontou esta madrugada o Canadá, com mais uma derrota registada. De qualquer forma, o conjunto maliano já não tinha qualquer hipótese de passar à próxima fase.