A Federação Internacional de Taekwondo garantiu, esta quinta-feira, não ter “absolutamente nenhum conhecimento” de factos que corroborem a acusação de um seu ex-responsável de que a modalidade passou a integrar, em 2000, o programa dos Jogos Olímpicos devido a subornos.
A denúncia foi feita num artigo do jornal “The Times” pelo sul-coreano Ho Kim que, antes de Sydney 2000, foi o diretor do marketing e relações públicas do organismo e assumiu ter estado diretamente envolvido numa campanha de corrupção.
"Não temos absolutamente nenhum conhecimento das acusações contra os antigos dirigentes de há mais de 30 anos", assegurou a federação, em comunicado enviado à agência France-Presse.
Ho Kim, de 66 anos, disse que membros do Comité Olímpico Internacional (COI) foram comprados com dinheiro ou presentes para garantir que a disciplina, modalidade de demonstração em Seul1988, passasse a integrar o programa dos Jogos Olímpicos, na sequência de votação em congresso do COI em 1994.
“O taekwondo tornou-se desporto olímpico em Sydney 2000 por causa disso”, revelou Ho Kim ao “The Times”, falando sobre a arte marcial com origem no seu país. Agora, a federação internacional pede evidências das incriminações, para que o seu comité de integridade possa “fazer uma investigação completa” às alegações.
“Por isso, não seria apropriado comentar mais até que a investigação seja concluída. Enquanto isso, a World Taekwondo continua a manter os mais altos padrões de boa governança e integridade na administração global do nosso desporto", vincou a instância.
Por sua vez, o COI assegurou que “até ao momento o senhor Ho Kim ainda não forneceu qualquer informação” sobre o sucedido, recordando que quem tiver dados que questionem uma boa governança devem ser enviados à sua comissão de ética.