Depois de ser incluído como desporto olímpico nos Jogos de Tóquio, o basquetebol 3x3 ganhou uma visibilidade pouco comum. É uma variante diferente do basquetebol, mais rápida, com menos jogadores, com mais espectáculo. E a verdade é que há equipas, há adeptos e, olhando para a realidade portuguesa, há uma série de resultados impressionantes.
Falar em resultados é, principalmente, falar de duas equipas: a seleção sénior feminina e a seleção de sub-18 masculina. A segunda marcou presença, no mês passado, no Mundial da disciplina. Com três vitórias, frente ao Chile, Mongólia e Quirguistão, e duas derrotas, contra Letónia e Lituânia. A equipa manteve-se de pé até aos ‘quartos’.
Já a seleção feminina assina um percurso que espelha na perfeição a evolução da modalidade em Portugal. “O 3x3 surge no verão de 2019 e surge porque Portugal tinha sempre a hipótese de participar na qualificação para o Europeu. Fui uma das selecionadas. Com zero experiência conseguimos um resultado interessante, não era aquilo que se queria obviamente, não nos qualificamos, mas sentimos: 'Se esta foi a nossa primeira vez a competir em 3x3, se calhar faz sentido apostarmos um bocadinho mais nisto'”, conta Márcia Costa à Tribuna Expresso.
Avançando três anos na história, a equipa que em 2019 tinha zero experiência já vence à seleção francesa. Que não é mais do que a seleção campeã do mundo.
“Ganhámos pela primeira vez. Campeãs do mundo em título. Jogámos muito bem, ganhámos por dois pontos”, disse Joana Soeiro à Tribuna Expresso logo após a partida, sendo que no seu caso o percurso no 3x3 é ainda mais recente: “Surgiu no ano passado, fui convocada para as qualificações para o Campeonato da Europa em Telavive, Israel. Sou ainda semi-rookie na modalidade”.