Cameron Smith, vencedor da edição deste ano do British Open, é a mais recente aquisição de renome da LIV Golf, o projeto que pretende rivalizar com a PGA Tour, e que é financiado por sauditas com ligações à controversa monarquia. O golfista australiano pronunciou-se recentemente sobre a sua mudança, começando por considerar “injusta” a ausência de pontos de ranking para os desportistas ligados à LIV.
O número dois do mundo viu ser oficializada a ligação ao novo circuito esta semana. Smith, de 29 anos, acumulou prémios e direitos com a vitória em St. Andrews, antes da despedida da PGA, mas pode bem perder o acesso aos majors daqui a algum tempo, uma vez que, a partir de agora, não vai juntar pontos de ranking.
Ainda assim, Cameron Smith não se mostra arrependido daquilo que muitos veem como uma traição, argumentando que a LIV é o “futuro do golfe”. “É uma pena que não estejamos a ter pontos do ranking mundial. Ter 48 dos melhores do mundo a jogar e não ter pontos de ranking é, talvez, um pouco injusto”, disse o australiano, citado pelo “Guardian”, antes da estreia pela LIV Golf, em Boston, esta semana.
A adesão ao projeto saudita pode prejudicar aqueles que pretendem competir nos quatro maiores torneios do mundo. Para evitar esses e outros percalços, a milionária série alternativa já pediu a adesão ao conselho oficial do ranking mundial de golfe. O pedido está sob revisão, diz o jornal inglês, acrescentando que Smith terá iniciado as negociações com a LIV antes da vitória no British Open.
Bombardeado por críticas à sua opção, o golfista responde: “É um novo capítulo na minha vida. Penso que este é o futuro do golfe. Adoro isto aqui. É um pouco mais relaxado, a música a tocar. Adoro essas coisas. Mal posso esperar para fazer parte disto”.