O mês passado, Tiger Woods expressou a desilusão em relação àqueles que optaram pela LIV Golf Invitational Series, liga de golfe financiada por dinheiro saudita. Em junho, Woods já tinha admitido ter recusado da LIV uma oferta “do outro mundo”, na casa “dos nove dígitos”.
Greg Norman, o antigo golfista que é agora presidente da LIV Golf, rejeitou revelar as condições específicas da oferta, mas, numa entrevista recente à FOX News, forneceu alguns dados sobre o acordo proposto. Norman revelou que a LIV Golf ofereceu-se para pagar a Woods uma soma entre os 700 e os 800 milhões de dólares (aproximadamente o mesmo em euros) para que este se juntasse ao novo circuito.
“Esse número foi revelado antes de eu me tornar CEO”, disse Norman à ESPN, durante o evento do último fim de semana, no Trump National Golf Club, em Bedminster, New Jersey. “Claro que tentámos trazer os melhores dos melhores. Eles já se tinham aproximado do Tiger antes de eu ser CEO. Esse número está algures nesse intervalo”, disse o homem-forte da LIV.
A 12 de julho, Tiger Woods falou de forma crítica sobre a criação do novo projeto e da abordagem que lhe fora feita. “Com o que estes jogadores estão a fazer por dinheiro garantido, qual é o incentivo para a prática? Qual é o incentivo para ir lá para fora e ganhá-lo no campo? Vais ser apenas algo muito bem pago antecipadamente por alguns eventos e para jogar 54 buracos”, disse Woods à “Sports Illustrated”.
“Não vejo como a mudança pode ser positiva para muitos destes jogadores a longo prazo, especialmente se a LIV não obtiver pontos para o ranking mundial e os principais campeonatos alterarem os seus critérios para entrar nos eventos”, acrescentou Tiger.
A LIV Golf aguarda uma decisão depois de ter submetido um pedido formal ao Official World Golf Ranking para receber pontos do ranking mundial pelos seus eventos, uma decisão que pode ter grande impacto na forma como a liga conduzirá os seus negócios de aqui em diante.