"Tornaste isto mais difícil". Depois do anúncio do adeus de Ricardinho, foi um emocionado selecionador Jorge Braz a tomar a palavra, deixando rasgados elogios ao seu capitão, que liderou a equipa na conquista do Mundial no último mês.
"Foram onze anos a aturar-te. Que desafio, que privilégio, que aprendizagem conjunta!", disse o selecionador, sublinhando os "momentos fantásticos" vividos ao lado do jogador. "Houve momentos bons, momentos menos bons, mas sempre na procura da excelência e muito graças à exigência que sempre colocaste a ti próprio e que contagiou os outros. Por isso foi possível tocar o céu", continuou Braz.
"A vida é muito mais que taças e títulos e campeonatos. O teu legado é o maior exemplo que pode existir para nós, para os teus companheiros, para os que aí vêm, para o futsal, para o desporto. E mais importante, para as pessoas. Exemplo que se pode atingir coisas, de forma apaixonada", sublinhou o selecionador, que se mostrou orgulhoso por "ter contribuído para o legado e exemplo" que diz que o jogador vai deixar.
A seguir ao selecionador nacional, Fernando Gomes, presidente da FPF, deixou dois pedidos ao jogador: que vista pela última vez a camisola de Portugal, num derradeiro jogo de despedida em solo nacional, e que se torne embaixador vitalício da modalidade. Dois reptos que o jogador aceitou.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt