Após a derrota surpreendente do Liverpool em Nápoles, por 4-1, Jürgen Klopp fumegava. Os desaires são algo a que o alemão não está habituado, muito menos por números destes. Na sala de imprensa, Klopp reagiu da forma habitual, alternando entre a crítica impiedosa e a ironia: “Tendo o Alisson na baliza, tens de ser mesmo mau para sofrer três golos na primeira parte”.
“É difícil de digerir, mas diria que não é difícil de explicar. Primeiro de tudo, o Nápoles jogou muito bem e nós não. Essa é a primeira explicação para a derrota”, disse o alemão. “Ambos os penáltis que concedemos foram um pouco infelizes. Os dois golos seguintes foram oferecidos de bandeja. Não é bom e nós deveríamos ter defendido melhor. Não fomos compactos, nem na defesa nem no ataque”, explicou Jürgen Klopp, sem papas na língua.
Sobre o carismático treinador pairava o fantasma de um colega, da mesma nacionalidade, despedido recentemente após uma derrota na Liga dos Campeões: Thomas Tuchel, o ex-técnico do Chelsea. Mas Klopp não se mostrou preocupado: “Os donos deles são diferentes. Os nossos são calmos, esperam que eu resolva a situação e não se põem a pensar noutra pessoa para fazê-lo”.
Enquanto fazia a análise ao jogo da liga milionária, o germânico ia antevendo o encontro do próximo sábado, com o Wolverhampton, a equipa mais portuguesa da Premier League, orientada por Bruno Lage. “Temos de jogar com o Wolves dentro de três dias. Se eles tiverem visto este jogo, provavelmente não conseguiram parar de rir. Dirão que é o momento perfeito [para jogar com o Liverpool]”, ironizou, mais uma vez, Jürgen Klopp.
“Temos de reinventar-nos. Há muitas coisas a faltar, não em todos os jogos, mas o mais engraçado é que temos de fazê-lo entre jogos da Premier League e da Liga dos Campeões. Temos de preparar-nos melhor em praticamente tudo”, atirou, sem contemplações, o treinador do Liverpool.