O Sporting deve ao seu homem golo este apuramento. E isto em nada desmerece o trabalho coletivo realizado por Rúben Amorim, mas reforça a necessidade da tradução desse trabalho em golos. É nisso que Pedro Gonçalves se distingue de todos. A leveza com que aplica o remate e a frieza que demonstra no momento do último gesto marcam uma diferença grande no aproveitamento das possibilidades de finalização.
Se olharmos para o jogo, Rúben Amorim não nos surpreendeu. Escolhe o onze que todos esperavam com Matheus Reis na posição de ala esquerdo, por estar a atravessar um momento de muita confiança e por dar mais alguns argumentos defensivos do que Nuno Santos. E se nesta posição poderiam ter existido algumas dúvidas, nas outras não havia espaço para surpresas. Essa insistência do treinador na manutenção do seu modelo, no reforço constante da sua forma de jogar e nas escolhas para o onze inicial, tem sido a maior força deste Sporting. Dá confiança aos jogadores, faz com que eles se foquem nas tarefas nos momentos de dificuldade porque repetem exaustivamente os movimentos para atacar e para defender.