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Pequim 2022: Jovens tibetanos protestam na sede do Comité Olímpico Internacional contra os "jogos genocidas"

Grupo de estudantes acorrentaram-se aos anéis olímpicos e mostraram cartazes contra a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno. "Ao colaborar com a China, o COI está a ser cúmplice dos crimes do Partido Comunista Chinês, cuja imagem será lavada pelos Jogos", disse um dos manifestantes

Tribuna Expresso

Imagem de um protesto realizado por ativistas tibetanos em junho de 2021

FABRICE COFFRINI

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Um grupo de jovens tibetanos deslocou-se à sede do Comité Olímpico Internacional (COI), em Lausanne, na Suíça, para protestar contra a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, os quais irão decorrer de 4 a 20 de fevereiro de 2022. Numa das acções de contestação efectuadas pelos estudantes, dois jovens acorrentaram-se mesmo aos anéis olímpicos como forma de protesto.

O grupo de tibetanos era composto por membros da Associação da Juventude Tibetana na Europa e do "Estudantes por um Tibete Livre". Os manifestantes tinham cartazes contra "os jogos genocidas" e nos quais se podia ler "Pequim 2022 não".

Tenzing Dhokhar, um dos estudantes presentes, é diretor de campanha da Associação da Juventude Tibetana na Europa e, à "Reuters", explicou que "ao colaborar com a China, o COI está a ser cúmplice dos crimes do Partido Comunista Chinês, cuja imagem será lavada pelos Jogos", vincando os "abusos dos direitos humanos do regime chinês no Tibete, Turquestão Oriental e Hong Kong".

Cinco estudantes entraram dentro da sede do COI e sentaram-se no chão em protesto. Após três horas de manifestações, a polícia apareceu no local para retirar os jovens das instalações do COI. Quer os organizadores do protesto, quer a "Reuters", descreveram a manifestação como "pacífica", mas o COI assegura que um dos seguranças do prédio ficou ferido após a "entrada forçada" dos estudantes.

Em comunicado a reagir ao sucedido, o COI sublinha que "ouve sempre todas as preocupações que estão diretamente relacionadas com os Jogos Olímpicos", mas rejeita "envolver-se com manifestantes violentos que usaram a força para entrar no prédio do COI e feriram um segurança ao fazê-lo".

Recorde-se que países como os Estados Unidos da América, a Austrália ou o Reino Unido já anunciaram boicotes diplomáticos aos Jogos Olímpicos de Inverno.