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Tulipa: “Continuo a achar que a minha equipa joga bem, que quer jogar bem, não se encolhe tanto como as pessoas pensavam que ia acontecer”

O treinador do Vizela falou num “jogo equilibrado”, reconhecendo sem pudor que o FC Porto foi superior, elogiando ainda como a equipa técnica dos dragões analisou a sua equipa. Perante a desvantagem, a reação: “Depois arriscamos um bocadinho, não tínhamos nada a perder. introduzi um segundo avançado, que não é muito treinado por nós. Metemos dois pontas, dois alas na largura, ficamos mais fragilizados no nosso equilíbrio”

Expresso

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Jogo

“Parece-me que o jogo na primeira parte foi um bocadinho equilibrado, sem grandes oportunidades. Nós não podemos fugir muito do nosso padrão, quisemos sair a jogar, quisemos ter espaço para construir deste trás. Nem sempre fomos eficazes, nem sempre conseguimos atrair o Porto de forma a que nos desse oportunidades para termos espaço e podermos sair com os nossos homens mais rápidos, nomeadamente o ponta e os extremos, ou até um lateral. Tem a ver com o mérito e a forma como o FC Porto nos analisou.”

0-1

“A primeira parte é muito igual, muito mais domínio do FC Porto, sem grandes oportunidades. Através de um erro, em que queríamos atrair os laterais do Porto a saltar alto [pressionar à frente], perdemos essa bola e acabamos por sofrer um golo.”

Segunda parte

“Foi mais do mesmo, mais domínio e constância do Porto. Encontraram muita profundidade pelo João Mário, ligando com os homens de dentro. Conseguimos controlar esse aspecto. Mas queríamos ter mais bola e não fomos capazes de a ter.”

Risco no 4-4-2

“Depois arriscamos um bocadinho, não tínhamos nada a perder. introduzi um segundo avançado, que não é muito treinado por nós. Metemos dois pontas, dois alas na largura, ficamos mais fragilizados no nosso equilíbrio no meio-campo e nas coberturas à linha defensiva. Com mérito, o Porto encontrou esse espaço, fez o segundo golo e resolveu o jogo. A equipa do Porto foi mais forte, continuo a achar que a minha equipa joga bem, que quer jogar bem, não se encolhe tanto como as pessoas pensavam que ia acontecer, temos a tendência de pressionar alto, quando não conseguimos fazer foi por mérito do FC Porto.”

Diferentes em casa e fora?

“Os jogos que tivemos fora foram com adversário difíceis e complicados, mas o jogo de Famalicão foi muito bem disputado. As possibilidades de termos sucesso de pontuar ou de ganhar foram grandes. Na segunda parte dominamos o jogo, fomos atrás do resultado, tivemos essa capacidade. Tem a ver com isso, com os adversários. percebemos que hoje não queríamos correr risco de perder jogadores para estarmos todos juntos no próximo jogo de sexta-feira, para tentar vencer o Desportivo de Chaves. Não temos duas caras, tem a ver com as competências do adversário.”

Foi por isso que saiu Samu?

“Essa é uma das substituições que foi mesmo a pensar na influência que este jogador tem no nosso jogo ofensivo. O Igor [Julião] também. Começámos a entrar num plano de 4-2-4, apelativo para as transições, o Porto é muito forte nesse momento. Achamos que era melhor introduzir o Tomás para amenizar essa possibilidade.”