Futebol internacional

Do pesadelo ao sonho: Manchester United estava a perder aos 93', mas McTominay bisou e garantiu a vitória

Do pesadelo ao sonho: Manchester United estava a perder aos 93', mas McTominay bisou e garantiu a vitória
Ash Donelon/Getty
A equipa de Bruno Fernandes e Diogo Dalot esteve à beira da terceira derrota seguida em casa, mas o médio escocês saltou do banco para dar os três pontos frente ao Brentford (2-1) e sacudir a crise dos red devils
Do pesadelo ao sonho: Manchester United estava a perder aos 93', mas McTominay bisou e garantiu a vitória

Pedro Barata

Jornalista

Há golos que são um alívio, que são festejados por representarem, simultaneamente, um triunfo e uma bóia de salvação, uma celebração e uma fuga do abismo, um ganhar de um jogo e de tempo para desejar viver melhores dias.

Quando Scot McTominay saiu do banco, aos 87', o Manchester United perdia por 1-0 contra o Brentford. Old Trafford era, novamente, o teatro dos pesadelos. Após as derrotas caseiras contra o Crystal Palace e o Galatasaray, os red devils caminhavam para um terceiro desaire consecutivo diante dos seus adeptos, mergulhando numa crise desportiva que se junte aos muitos problemas institucionais de um clube carregado de problemas.

Mas, herói improvável, escocês ao regate, McTominay apareceu para bisar e dar mais margem a Erik ten Hag. Dois golos, um aos 93' e outro aos 97', homenagearam Alex Ferguson e o seu Fergie time no dia seguinte ao falecimento da mulher que acompanhou o mítico técnico, escocês como Scott, durante quase toda a vida.

Antes da loucura dos descontos, o United foi o caos do costume. Entrar em campo com uma defesa com Maguire e Evans como centrais e Lindelof a lateral-esquerdo pareceria demasiado irrealista para qualquer humorista que quisesse caricaturar a situação mancuniana. Mas sucedeu.

Para cúmulo, na baliza Onana continua sem dar qualquer segurança, parecendo sofrer um golo a cada remate. Aos 26', Jensen deu ao Brentford, o clube das estatísticas avançadas aplicadas ao futebol, a vantagem.

Os olhares centravam-se em Ten Hag, cada vez mais contestado. Casemiro ou Rashford foram substituídos, o primeiro ao intervalo e o segundo aos 63', ambos símbolos da falta de rendimento recente de várias figuras do plantel.

Quando os red devils carregavam em busca do golo, a bola entrou mesmo na baliza aos 90'. No entanto, o lance foi anulado por fora de jogo de Martial. Naquela altura, o encontro já parecia um exercício de masoquismo para os adeptos do Manchester United.

Mas, subitamente, o pesadelo virou sonho, a dor transformou-se em alegria. McTominay saiu do banco aos 87', empatou aos 93' e fez o 2-1 aos 97'. Ten Hag continua à frente de um clube carregado de problemas, mas evita uma terceira derrota seguida em casa que, antes da paragem internacional, colocaria muitas questões em torno do seu projeto.

Marco Silva vence, Chelsea mete a terceira

À mesma hora, o Fulham de Marco Silva bateu o Sheffield United por 3-1. Com João Palhinha a titular, Bobby de Cordova-Reid, um auto-golo de Foderingham e um golo de Willian deram os três pontos aos londrinos, que estão em 12.º, com 11 pontos em oito jornadas.

Já o Chelsea parece começar a render às ordens de Mauricio Pochettino. Em Burnley, os visitantes até começaram a perder, fruto de um golo de Odobert, mas um auto-golo de Al Dakhil e Palmer, Sterling e Nicolas Jackson fizeram o 4-1 final, no terceiro triunfo seguido dos blues, que estão em 10.º, com 11 pontos.

O Everton, com Beto e Chermiti a entrarem nos últimos finais, recebeu e venceu o Bournemouth por 3-0. Marcaram Garner, Jack Harrison e Doucouré.

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