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Vários jogadores da liga francesa recusaram-se a usar camisola contra a homofobia. Governo defende que sejam castigados

Campanha contra a homofobia e a favor da igualdade decorreu no último fim de semana na Ligue 1 e Ligue 2. Ministra francesa do desporto, Amélie Oudéa-Castera, diz que jogadores que se recusaram a jogar para não usar camisola com as cores do arco-íris devem ser sancionados

Lusa

NICOLAS TUCAT/Getty

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O governo francês defendeu esta segunda-feira a sanção dos futebolistas da liga francesa que durante a última jornada recusaram atuar com as cores do arco-íris nas camisolas, referente a uma campanha contra a homofobia e a favor da igualdade.

“O objetivo da campanha era passar uma simples mensagem contra a discriminação, algo essencial num país como a França, que defende e promove os direitos humanos. Por isso, os jogadores que recusaram fazê-lo devem ser sacionados”, disse a ministra francesa do desporto, Amélie Oudéa-Castera, em declarações à televisão France3.

No último fim de semana, numa campanha promovida pela Liga francesa, jogadores da Ligue 1 e da Ligue 2, os dois campeonatos profissionais, atuaram com os números das camisolas pintados com as cores do arco-íris.

Contudo, jogadores como Donatien Gomis, central senegalês do Guingamp, e Mostafa Mohamed, avançado egípcio do Nantes, recusaram utilizar essas camisolas e, por essa razão, acabaram por falhar os jogos das respetivas equipas.

De acordo com a imprensa gaulesa, o mesmo terá acontecido com cinco jogadores do Toulouse, no embate com o Nantes.

“Os clubes têm de educar e trabalhar melhor os seus jogadores, para que eles entendam a importância deste tipo de campanhas”, acrescentou Oudéa-Castera.

Entretanto, o Sindicato Francês dos Jogadores Profissionais de Futebol (UNFP) lembrou que a grande maioria dos jogadores apoiou esta campanha e defendeu que sancionar este tipo de atitude é uma “forma de bullying”.

"Se a luta contra a homofobia é uma causa importante, acabar com o bullying no futebol profissional francês também é importante", defendeu a UNFP.