Perfil

Futebol internacional

“O carinho e a admiração pelo meu avô viraram um propósito de vida”: entrevista a Hanna Santos, a neta de Nilton Santos, a lenda do Botafogo

Numa altura em que o Botafogo vive o seu momento mais alto dos últimos tempos – lidera o Brasileirão com cinco vitórias em cinco jornadas –, aproxima-se o 98.º aniversário da grande lenda Nilton Santos, a enciclopédia do futebol que validou o garoto à experiência Garrincha em 1953 e que, além de emprestar o nome ao estádio, é o futebolista com mais jogos pelo fogão. Em conversa com a Tribuna Expresso, Hanna Santos conta como mantém viva a memória do avô, os desafios para chegar aos mais jovens, as lembranças da infância e revela o que pensa do trabalho de Luís Castro: "Espero tê-lo por cá muito tempo"

Hugo Tavares da Silva

D.R.

Partilhar

O riso, a falta de pressa e o jeito lento de conversar do avô ainda cutuca as gavetas da memória de Hanna, neta de Nilton Santos, a grande lenda do Botafogo de Futebol e Regatas. Esta carioca lembra-se das vezes que foram pescar na casa em Araruama, no estado do Rio de Janeiro. “Ele adorava pescar. Tinha muito interesse pela minha vida, queria saber se eu estava surfando, recomendava cuidado com o mar sempre, jogava à bola comigo. Tinha muita paciência, ensinou-me a fazer embaixadinha”, conta à Tribuna Expresso. Depois da ignorância do jornalista, Hanna Santos perguntou como se diz em português de Portugal. Lamentamos o pouco imaginativo “dar toques”, salva-se a honra da graça lusitana explicando que passar o pé por cima da bola é “uma volta ao mundo”.

A bola sempre foi o mundo de Nilton Santos, um futebolista que só jogou no seu Botafogo e que esteve nos Campeonatos do Mundo entre 1950 e 1962, ganhando os dois últimos ao lado de Pelé, Garrincha e Didi, os dois últimos com quem jogou no glorioso ou estrela solitária.

No próximo dia 16 celebra-se o 98.º aniversário do nascimento do homem que mais jogos fez pelo clube da farda com listas pretas e brancas (723) e que empresta o nome ao estádio. “Cada vez que entro lá é uma sensação diferente. O tamanho daquele estádio, tudo o que ele representa e tudo isso estar ligado ao meu avô… é muito emocionante e gratificante. Ele certamente merece, e eu sou muito grata a isso. Confesso que até a placa direcionando para o estádio me emociona.”

Artigo Exclusivo para assinantes

No Expresso valorizamos o jornalismo livre e independente

Já é assinante?
Comprou o Expresso? Insira o código presente na Revista E para continuar a ler