Entre a quebra de forma da equipa e uma grave lesão muscular que o deixou fora do Mundial do Catar, a época 2022/23 estava a ser de pesadelo para Diogo Jota. Uma má sensação que já vinha desde a fase final da temporada anterior. Fazendo as contas, desde 10 de abril de 2022 que o antigo jogador do FC Porto o Wolverhampton não marcava pelo Liverpool.
O regresso aos relvados após uma complicada lesão contraída em outubro aconteceu em fevereiro mas desde aí que o atacante não se encontrava com o golo, replicando a temporada desapontante do Liverpool. Talvez faltassem apenas a metáfora certa. Em vésperas do jogo com o Leeds, Jota recordou uma história bem conhecida do anedotário do futebol nacional para explicar que não havia perdido a esperança de que os golos, eventualmente, voltassem a aparecer. “Uma vez ouvi uma história sobre o Cristiano Ronaldo. Ele de certeza que não estava sem marcar há 30 jogos, mas passou por uma série sem marcar. E disse então que é como o ketchup, quando sai a primeira gora, vem tudo atrás. Espero que se aplique a mim”, disse à radio talkSPORT.
E os golos apareceram mesmo, logo horas depois. Na goleada em casa do Leeds (6-1), em jogo da jornada 31 da Premier League, Jota começou por oferecer uma assistência, marcando depois dois golos, matando assim da melhor forma um longo jejum.
No final do encontro, a Sky voltou a trazer referir a história de Ronaldo e do ketchup. “Essa frase do Cristiano Ronaldo, aquilo ficou na minha cabeça”, disse, bem-disposto: “Sabemos como é o futebol, as coisas mudam rapidamente”.
Diogo Jota assumiu também que foi “um grande alívio” voltar aos golos. “Está a ser uma época dura tanto para mim como para a equipa”, disse, frisando que quer estar “sempre envolvido” no ataque da equipa. “Fiz uma assistência na 1.ª parte, mas prefiro marcar golos”, sublinhou.
Além de Jota, Salah também bisou pelos reds. Cody Gakpo e Darwin Núñez marcaram os restantes golos do Liverpool.