Em dezembro, a Premier League, em conjunto com a Ligue 1 e a MLS, escreveu, com o apoio da FIFPro e do fórum mundial das ligas de futebol, uma carta à International Board (IFAB). No documento, pedia-se que o órgão máximo no que respeita às leis do jogo permitisse que, a partir do começo da próxima temporada, se fizesse um teste à existência de substituições temporárias devido a suspeita de concussões em jogadores.
No entanto, a IFAB, na sua reunião anual, primeiro, e na assembleia-geral, depois, rejeitou o pedido, indicando que não se chegou a consenso”, continuando o tema “sob análise”. Em resposta à nega dada, a Premier League diz-se “desapontada”, tendo em conta “todas as provas científicas existentes e o apoio esmagador das equipas médicas dos clubes”
A IFAB, composta por representantes das federações de futebol britânicas e da FIFA, introduziu, em 2021, um teste a substituições não temporárias por concussões, o qual foi agora prolongado para “recolher mais dados”. Atualmente, um jogador com suspeitas de ter sofrido uma concussão pode sair de campo, entrando um colega para o seu lugar e não contando essa troca para o limite máximo de substituições.
PAUL CHILDS/Getty
No entanto, esta política tem sido alvo de críticas, já que, ao não ser possível que um futebolista abandone o relvado temporariamente para ser avaliado, há alguns casos em que os atletas ficam no campo depois de sofrerem fortes pancadas na cabeça. Por exemplo, durante o Mundial, o guardião do Irão, Alireza Beiranvand, tentou continuar a jogar depois de um choque com um companheiro, tendo só depois sido substituído e diagnosticado com uma concussão.
A Premier League “não consegue entender” a razão para que o teste não tenha sido aprovado. “Estamos convencidos de que uma mudança de política deve avançar o mais rapidamente possível, a bem do superior interesse da saúde dos jogadores”, entende a liga inglesa.
Médicos das 20 equipas da Premier League mostraram-se favoráveis ao teste às substituições temporárias, bem como a associações de jogadores profissionais de Inglaterra. A medida reproduziria o que já existe no râguebi desde 2015.