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Mais uma aventura na volta ao mundo de Carlos Queiroz: português é o novo selecionador do Catar

Depois de trabalhar nos EUA, Japão, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Inglaterra, Espanha, Irão, Colômbia e Egito, o técnico de 69 anos assume a seleção anfitriã do último Mundial. No comando do Catar, Queiroz tentará estar presente na quinta fase final de um Campeonato do Mundo de forma consecutiva, o que igualaria o recorde de Bora Milutinovic

Pedro Barata

DeFodi Images

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Terminado o Mundial 2022, Carlos Queiroz disse adeus à seleção do Irã, depois de uma presença no Catar marcada pelo impacto que o momento político e social vivido no Irão teve em redor da equipa, caída na fase de grupos do torneio. Ora, cerca de dois meses depois, o treinador está de volta ao país que organizou a competição vencida pela Argentina.

A Federação do Catar anunciou a contratação do português, de 69 anos, como novo selecionador nacional. Queiroz sucede ao espanhol Félix Sánchez, que saiu do cargo depois da fraca prestação no Mundial, com três derrotas nos três encontros disputados.

Carlos Queiroz prolonga, assim, a sua volta ao mundo particular. Depois de muitos anos ao serviço das seleções portuguesas, tendo conquistado os Mundiais sub-20 de 1989 e 1991, o técnico começou um percurso internacional que já o levou aos EUA, Japão, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Inglaterra, Espanha, Irão, Colômbia e Egito.

No Catar, Queiroz tentará levar a seleção ao Mundial 2026, conseguindo apurá-la pela primeira vez para a competição, já que em 2022 foi diretamente como anfitriã. Nessa tentativa, o português beneficiará do alargamento do principal torneio global a 48 participantes, o qual fará com que passem a haver oito vagas de qualificação direta — mais uma via play-off — para seleções asiáticas no Mundial, enquanto até agora os conjuntos do continente tinham quatro seleções, mais uma através de play-off.

Se estiver no Mundial 2026, Carlos Queiroz chegará à quinta fase final seguida, depois de ter estado em 2010 com Portugal e em 2014, 2018 e 2022 com o Irão. Caso o consiga, iguala o recorde do sérvio Bora Milutinovic, homem que se sentou no banco em mais Mundiais consecutivos, não falhando qualquer edição entre 1986 e 2002. O treinador que esteve em mais fases finais, ainda que não ininterruptamente, foi o brasileiro Carlos Alberto Parreira, com seis.