A história tem sido assim contada: aos 37 anos, Cristiano Ronaldo deverá deixar o futebol europeu para aceitar um principesco contrato no Al Nassr, que coloca 200 milhões de euros por ano nas mãos do português, que depois de pendurar as botas ainda se tornaria uma espécie de embaixador da Arábia Saudita na candidatura ao Mundial de 2030, competição que Portugal também quer organizar, em conjunto com Espanha e Ucrânia.
Do português, o único que se ouviu para já foi um “não é verdade” de fugida numa zona mista durante o Mundial quando questionado se as notícias da imprensa espanhola, que o colocavam como certo no futebol saudita, eram corretas. Mas as recentes palavras de Marcelo Salazar, o luso-brasileiro que é diretor desportivo do clube parecem, pelo menos, confirmar o desejo do Al Nassr e o início das negociações.
“Não estou autorizado a dizer nem que sim, nem que não. Vamos aguardar e ver o desenrolar das coisas até ao final do ano. Como devem perceber esta é uma negociação que tem uma magnitude enorme, não só para o clube, mas para o país e para o futebol mundial, e que tem de ser conduzida por instâncias superiores”, afirmou o responsável ao site da Flashscore.
Agora há mais um “nim” a adensar a trama. Vindo do próprio presidente do Al Nassr, Musalli Al Muammar. No final do encontro em que o líder da liga saudita empatou com os rivais do Al Hilal por 2-2, Al Muammar foi rodeado por jornalistas que o questionaram sobre a chegada do português. Num vídeo publicado nas redes sociais do jornal “Al-Riyadiah”, o líder o Al Nassr começa por pôr uma cara séria para logo a seguir esboçar um sorriso, explicando que ainda nada está confirmado e sublinhando que nem tudo o que parece é.
“Ronaldo não está certo e a maioria do que tem sido escrito e dito na comunicação social é mentira”, explicou sem, no entanto, negar a chegada do capitão da seleção nacional.
O português está desde o início do Mundial livre de qualquer contrato, depois de rescindir com o Manchester United, podendo assim assinar com qualquer clube em qualquer altura. A imprensa inglesa diz que o avançado está ainda a estudar as suas hipóteses na Europa, mas o interesse do Al Nassr parece, para já, a única hipótese palpável.