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“Como sinal de solidariedade para com as famílias forçadas a fugir das suas casas”, Nottingham Forest veste camisola pelos refugiados

O regresso do Nottingham Forest à Premier League vai ficar marcado por algo maior do que o futebol. O clube decidiu usar a sua plataforma para ajudar e sensibilizar os adeptos para a crise de refugiados que se vive no mundo. O clube vai jogar com o logótipo que representa os refugiados já a partir de 1 de janeiro

Rita Meireles

Barrington Coombs - PA Images

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O Nottingham Forest, clube da Premier League, prepara-se para começar 2023 de forma solidária. A partir de 1 de janeiro e até ao final da temporada 2022/23, os jogadores vão vestir camisolas com o logótipo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na parte da frente.

Trata-se de uma parceria solidária entre o clube e o Reino Unido para o ACNUR “para apoiar os esforços de ajuda às pessoas que fogem de conflitos e perseguições em todo o mundo”, segundo informou o clube num comunicado publicado esta quinta-feira.

“A partir do início de 2023 e durante o resto da temporada, tanto as equipas masculinas como femininas da Nottingham Forest participarão em todos os jogos com o logótipo do Reino Unido para o ACNUR na frente das suas camisolas, como sinal de solidariedade para com as famílias que foram forçadas a fugir das suas casas e comunidades”, escreveram.

Além do gesto, o Forest fez também uma doação financeira para ajudar nos esforços que estão a ser feitos a nível internacional na ajuda aos refugiados e colocou-se disponível para continuar a falar sobre o tema através das suas plataformas. Desta forma a mensagem chega a mais pessoas e o trabalho humanitário é divulgado entre os adeptos do clube e da modalidade.

“O Nottingham Forest junta-se agora a outras equipas internacionais no apoio aos direitos humanos globais”, lê-se, poucos dias depois do final de um Mundial de futebol que ficou marcado pela indiferença aos direitos humanos por parte do país anfitrião, o Catar.

“Estamos imensamente gratos à generosidade e compaixão do Nottingham Forest no apoio aos refugiados e aos esforços de ajuda do ACNUR em todo o mundo”, reagiu Charlotte Boyle, presidente do Reino Unido para o ACNUR, segundo o “The Guardian”. “Através desta solidariedade, estão a enviar uma poderosa mensagem às famílias que fogem do conflito de que não serão esquecidas”.

O Forest regressou à Premier League no verão passado após uma ausência de 23 anos. Até ao momento, jogaram sem o nome de um patrocinador na camisola, da mesma forma que irão jogar as partidas que restam de 2022. Quando escolheram o logótipo para aparecer na camisola, decidiram que seria solidário. “Isto ocorre numa altura em que o mundo enfrenta enormes desafios para ajudar as pessoas mais vulneráveis da sociedade”, disse Evangelos Marinakis, proprietário do clube.