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A luta contra o cancro obrigou Gianluca Vialli a parar outra vez: “O objetivo é utilizar toda a energia para ajudar o meu corpo”

O antigo internacional italiano e adjunto de Roberto Mancini na seleção de Itália, com a qual conquistaram o último Europeu, anunciou que vai afastar-se do cargo temporariamente devido à reincidência de um cancro no pâncreas

Lusa

Alex Grimm/Getty

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O ex-internacional italiano Gianluca Vialli, que luta há vários anos contra um cancro no pâncreas, anunciou, esta quarta-feira, a suspensão das suas atividades com a seleção italiana de futebol para combater “uma nova fase da doença”.

Na declaração, Vialli, que é atualmente chefe de delegação na seleção italiana e um dos adjuntos de Roberto Mancini, explica que “após uma longa e difícil discussão com a maravilhosa equipa de oncologistas", decidiu suspender os seus compromissos profissionais presentes e futuros.

“O objetivo é utilizar toda a minha energia física e mental para ajudar o meu corpo a ultrapassar esta fase da doença, para que eu possa participar em novas aventuras o mais rapidamente possível e partilhá-las com todos vocês”, acrescentou Gianluca Vialli.

Gabriela Gravina, presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), citada na mesma declaração, referiu que “Gianluca é um jogador de topo na equipa italiana e continuará a sê-lo no futuro”, acrescentando: “Graças à sua coragem extraordinária (...), estou convencida de que ele voltará em breve”.

Enquanto jogador, Vialli passou por Sampdoria, Cremonese, Juventus e Chelsea.

No final da sua carreira, esteve brevemente como treinador à frente do Chelsea, passando pelo Watford, antes de se tornar dirigente na seleção italiana a partir de 2019, quando já lutava contra o cancro no pâncreas.

Num documentário em 2021, Vialli descreve a sua doença como sendo “um companheiro de viagem indesejado, mas é necessário seguir em frente e esperar que ele se canse".

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