Uma temporada e oito jornadas depois, terminou o período de Bruno Lage no comando técnico do Wolverhampton, a equipa mais portuguesa da Premier League. Num comunicado, o clube revelou ter optado por uma mudança técnica, dando os recentes maus resultados como justificação.
Esta temporada, o Wolves só tem uma vitória em oito jornadas da Premier League, sendo 18.º, em posição de descida de divisão. Na época passada, Lage levou a equipa ao 10.º lugar da Premier League e conseguiu vencer o troféu de melhor treinador do mês de janeiro, mas o final de temporada já havia sido abaixo do esperado, com dois empates e cinco derrotas nas últimas sete rondas da campanha.
No passado defeso, o Wolverhampton investiu nas contratações de Gonçalo Guedes e Matheus Nunes, acrescentando mais internacionais portugueses a um plantel que já contava com José Sá, Nélson Semedo, João Moutinho, Rúben Neves, Daniel Podence, Toti Gomes, Chiquinho e Pedro Neto. Lage optou por uma mudança tática, deixando a estrutura de três centrais que já vinha de Nuno Espírito Santo e apostando num 4-3-3 que junta Neves, Moutinho e Matheus no miolo, mas a falta de produção ofensiva — apenas três golos marcados na Premier League — condenou o Wolves.
No comunicado em que anuncia a saída de Lage, o clube explica as razões para esta decisão. Jeff Shi, presidente, descreve o técnico como “um excelente treinador”, um homem “dedicado e honesto”, não “tendo dúvidas” das “capacidades” do português. No entanto, "as exibições da equipa nos últimos meses não dão outra opção que não agir”, tendo a decisão da destituição sido tomada.
O Wolverhampton agradeceu o “esforço” de Bruno Lage, de 46 anos, e da sua equipa técnica, também composta por vários portugueses. O clube comunicou que Steve Davis e James Collins, treinadores que já estavam na estrutura, vão preparar a visita ao terreno do Chelsea, agendada para o próximo sábado.