O avançado Edin Dzeko e o médio Miralem Pjanic, os mais credenciados jogadores da Bósnia-Herzegovina, manifestaram-se contra a realização de um jogo particular frente à Rússia. A partida foi anunciado para 19 de novembro, em São Petersburgo
“Estou contra que se jogue este encontro. Eu sou sempre a favor da paz e solidarizo-me com o povo da Ucrânia nestes momentos difíceis para eles”, afirmou Dzeko, avançado do Inter de Milão, ao portal de notícias bósnio Klix. Dzeko lamentou que a federação bósnia tenha confirmado o jogo.
“Não é uma boa decisão. Fiquei sem palavras quando soube”, disse, por seu lado, Miralem Pjanic, que trocou recentemente o FC Barcelona pelo Sharjah FC, dos Emirados Árabes Unidos.
Pjanic deixou claro que “os líderes [da federação da Bósnia-Herzegovina] conhecem” a sua opinião: “Ligaram-me e perguntaram-me o que pensava, pelo que fiquei surpreendido pela marcação do jogo. Quando a seleção começa a jogar bem, acontece sempre algo de mal”, prosseguiu.
Dzeko é o recordista de internacionalizações pela Bósnia, com 124 partidas, ao passo que Pjanic é o segundo, com 107 jogos. O avançado é, também, o melhor marcador da história da seleção, com 63 golos, tabela em que Pjanic é o 5.º, tendo marcado 18 vezes.
Segundo alguns órgãos de comunicação social bósnios, Dzeko e Pjanic planeiam não disputar o encontro, sendo que a notícia da marcação do encontro causou inúmeras reações de indignação na Bósnia-Herzegovina. Os adeptos pediram que o encontro seja boicotado e o sindicato dos futebolistas exigiu a destituição dos membros da federação responsáveis por esta decisão, devido à invasão da Rússia à Ucrânia.
Recorde-se que, desde o começo da guerra, a Rússia foi excluída do Mundial 2022, competição em que estava no play-off de apuramento. As equipas do país foram, também, excluídas das provas europeias.