Ao minuto 28 do Corinthians - Botafogo, a bola chegou a Gustavo Mosquito, jogador da equipa paulista. O lance não era promissor, mas Mosquito transformou a rudeza em beleza para marcar o único golo da partida e dar os três pontos aos locais.
O extremo deu dois toques na bola, sem a deixar cair, para tirar do caminho Lucas Mezenga. Ganhou coragem e valentia, conduziu e bailou à frente de Philipe Sampaio. Aquele vai para ali, vai para aqui na cara do ex-Boavista deu-lhe espaço para, de pé esquerdo, atirar com precisão para o 1-0.
O belo golo de Mosquito deu os três pontos e a terceira vitória seguida a Vítor Pereira, que assim derrotou Luís Castro, que perdeu sete dos últimos 10 jogos. O técnico do Botafogo entende que o seu conjunto "fez um jogo aceitável e positivo", mas lamenta que não esteja a ter "estabilidade ao longo do campeonato", devido ao "entra e sai" constante de jogadores. "Vamos esperar que o segundo turno nos dê mais paz", desejou Luís Castro para a segunda volta que agora se inicia.
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Já Vítor Pereira segue a quatro pontos do líder Palmeiras, isto antes de receber o Flamengo na primeira mão dos quartos-de-final da Taça Libertadores. O primeiro embate será dia 3 de agosto e a resolução da eliminatória contra os cariocas a 10 de agosto.
O treinador do timão acredita que a sua equipa "deu uma boa resposta" depois da derrota (2-0) contra o Atlético Clube Goianiense na primeira mão dos quartos-de-final da Copa do Brasil, outra competição em que o Corinthians está inserido. Vítor Pereira considera que o conjunto que orienta "mereceu" a vitória.
No topo da tabela continua o Palmeiras de Abel Ferreira. Na visita ao reduto do Ceará, os paulistas venceram por 2-1 e mantêm, assim, quatro pontos de vantagem para o Corinthians. O Fluminense de Fernando Diniz tem oito pontos menos que o Palmeiras, mas menos um jogo realizado.
Os golos do Palmeiras foram ambos marcados na primeira parte, através de Dudu e José López. No segundo tempo, Richardson deixou o Ceará reduzido a 10, mas os locais ainda reduziram, de penálti, por Stiven Mendozaz.
No final do jogo, o português deixou fortes críticas à arbitragem. Abel mostrou-se "triste" e sublinhou que há "títulos, prestígio e dinheiro" em jogo e que começa a "ficar com algumas dúvidas" que "o campeonato seja decidido dentro das quatro linhas por duas equipas", atirou. "Vamos continuar fazendo o que controlamos", garantiu.
O Palmeiras queixa-se do penálti assinalado quando o verdão liderava por 2-0. Para Abel, a sua equipa "poderia ter empatado ou perdido por coisas que não controla": "A única coisa que tenho a dizer é que o futebol brasileiro é uma das maiores indústrias do país, uma das indústrias que mais exporta, uma das indústrias que mais dinheiro dá ao Estado e nós, treinadores, jogadores temos a responsabilidade do que eu controlo. Ter equipas competitivas, ter uma equipa que nós valorizamos, ter uma equipa em que muitas equipas da Europa queiram os nossos jogadores, e essa é minha função. Valorizar o espetáculo, valorizar o clube, valorizar meus jogadores", disse o português.