O Fenerbahçe, treinado por Jorge Jesus, não resistiu à segunda pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Os turcos caíram em casa, frente ao Dínamo de Kiev, por 2-1, com o golo dos ucranianos a ser marcado no prolongamento. Nessa altura, já os comandados de Jesus tinham menos um jogador, após a expulsão de Yüksek, aos 53 minutos. O português saiu naturalmente desiludido: “Todos acreditávamos que o vencedor desta eliminatória iria ser o Fenerbahçe, mas, [com] a expulsão, a equipa desorganizou-se”.
Apesar da eliminação, o antigo treinador do Benfica e do Sporting fez questão de elogiar os seus atletas: “Quando não se ganha, não se fica feliz, mas os jogadores têm de sair de cabeça levantada porque correram e jogaram muito enquanto foi 11 contra 11”. A principal razão para o falhanço terá sido, no entender de Jesus, “a falta de experiência na Champions”. “Foi determinante”, admitiu o técnico, que referiu ainda algumas dificuldades no prolongamento: “Já não tivemos muita capacidade física”.
No Estádio Şükrü Saracoğlu, em Istambul, o Fenerbahçe não sofreu de falta de apoio, embora alguns adeptos da casa tenham optado por incentivos menos edificantes. Perante a equipa ucraniana, gritou-se o nome do presidente russo Vladimir Putin. Jorge Jesus não falou sobre essa questão, mas dirigiu-se aos aficionados turcos: “Devem estar orgulhosos pela forma como a equipa jogou, mesmo depois de ficar com 10”.
No final, o treinador português não esqueceu o adversário, fazendo questão de o elogiar perante a comunicação social: “Vocês não devem conhecer bem o Dínamo de Kiev. Jogaram contra mim [no Benfica], o Bayern e o Barcelona, há um ano, e todos tiveram dificuldades. Não é uma equipazinha qualquer”.
Jesus não foi o único treinador a ser surpreendido nesta fase de apuramento para a Champions: o Olympiacos, de Pedro Martins, campeão grego, foi eliminado pelo Maccabi Haifa de Israel, com uma goleada por 4-0 na 2.ª mão, em Atenas.