Perfil

Futebol internacional

Henderson, capitão do Liverpool: “Ninguém se preocupa com a saúde dos jogadores. Não recebem o respeito que merecem”

Apesar dos recentes surtos de covid-19 em vários clubes, a Premier League não irá parar. Perante o aumento do número de jogadores infetados, Jordan Henderson assume que, "num período como este", é "difícil" render "ao mais alto nível", lamentando uma alegada despreocupação pelos futebolistas da parte de quem toma decisões

Tribuna Expresso

PETER POWELL/Getty

Partilhar

Na passada segunda-feira, 20, a Premier League registou um novo recorde de casos positivos de covid-19 desde que começou a pandemia. Entre os mais de 3 mil jogadores e funcionários dos 20 clubes da prova, houve 42 positivos, dando sequência a dias em que os casos positivos marcaram a atualidade da competição.

Na passada jornada da liga, seis dos 10 encontros tiveram de ser adiados, em virtude da existência de surtos em clubes como o Manchester United, o Leicester, o Brentford ou o Aston Villa. Perante este cenário, a possibilidade de parar a Premier League foi real, mas, numa reunião realizada entre a direcção da liga e os clubes, foi decidido prosseguir com o apertado calendário da prova para o período festivo, durante o qual haverá três rondas em oito dias.

Mas Jordan Henderson, capitão do Liverpool, considera que, durante todo este processo, a posição dos jogadores não tem sido tida em consideração. Em declarações à "BBC Sport", o médio disse que "as pessoas não pensam no quão intenso é lidar em primeira mão" com esta situação, entendendo que, "num período como este", é "difícil" render "ao mais alto nível".

Para Henderson, "ninguém se preocupa com a saúde dos jogadores" na tomada destas decisões: "Tentaremos ter conversas nos bastidores e procurar ter alguma influência, mas, neste momento, não acho que os jogadores recebam o respeito que merecem, nomeadamente tendo alguém que fale por eles e diga que isto não é bom para a saúde dos atletas", opinou.

O médio vincou que "os jogadores querem sempre jogar", mas sublinhou que "ninguém leva a sério o bem-estar dos atletas, particularmente neste período, quando a covid está aqui".