Ao Sindicato de Jogadores já chegaram “mais cinco ou seis contactos” de possíveis casos de assédio no futebol. As situações em causa, sabe a Tribuna Expresso, não se concretizaram ainda em denúncias, mas desde que foi tornado público o caso que envolve a equipa feminina do Rio Ave e o treinador Miguel Afonso, em outubro do ano passado, os pedidos de informação têm sido mais recorrentes.
“Este tipo de crimes tem muito que ver com uma cultura instalada”, explica Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, recusando detalhar o tipo de casos e situações que têm chegado àquela organização sindical. “Ocorrem em ambientes mais isolados, com jovens, que estão mais vulneráveis e fragilizadas”, acrescenta, apelando às vítimas que denunciem os casos, mas, sobretudo, a que quem está ao seu redor “esteja atento aos sinais” e que “não compactue com o silêncio”.