Max Verstappen voltou às vitórias em Monza, onde a McLaren fez uma escolha entre os seus pilotos
Mark Thompson
O tetracampeão do mundo venceu o Grande Prémio de Itália, a 16.ª corrida da época onde também conseguiu a pole position mais rápida da história. O neerlandês acabou à frente de Lando Norris e Oscar Piastri. Este último, apesar de ser o líder do mundo, foi ordenado pela McLaren a ceder a passagem ao companheiro de equipa após uma paragem das boxes que não correu bem
O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) voltou, este domingo, aos triunfos no Mundial de Fórmula 1 após nove corridas ao vencer o Grande Prémio de Itália, 16.ª ronda da temporada.
O tetracampeão mundial gastou 1:13.24,325 horas para cumprir as 53 voltas previstas, deixando na segunda posição o britânico Lando Norris (McLaren), a 19,207 segundos, com o líder do campeonato, o australiano Oscar Piastri (McLaren) em terceiro, a 21,351.
Este foi o terceiro triunfo de Max Verstappen esta temporada, depois de já ter ganho no Japão (terceira prova) e na Emilia Romagna (na sétima ronda), 66.º da carreira e terceiro na pista italiana (vencera em Monza em 2022 e 2023).
Depois de sábado ter garantido a pole position mais rápida da história da Fórmula 1, o neerlandês viu-se atacado no arranque por Lando Norris. Max empurrou o amigo para a relva do lado direito da pista, mas Norris forçou a travagem na primeira chicane, obrigando Verstappen a atalhar pela escapatória. Depois, o britânico chamou-lhe "um idiota" pelo rádio.
O engenheiro de corrida aconselhou Verstappen a devolver a posição ao britânico. O piloto da Red Bull não quis arriscar uma penalização, abriu caminho a Norris, mas, quatro voltas mais tarde, voltaria ao comando da corrida.
Mark Sutton - Formula 1
Numa prova em que houve diversas escaramuças no meio do pelotão, nota para o abandono do espanhol Fernando Alonso (Aston Martin) com a suspensão dianteira direita partida.
Verstappen aguentou os pneus médios até à volta 38, parando nas boxes para montar pneus duros, numa operação que demorou apenas 2,3 segundos.
Os dois McLaren optaram por ficar em pista mais algumas voltas. Lando Norris não quis ser o primeiro a parar, com a McLaren a chamar Piastri na volta 46, a sete do final, para montar macios.
Norris parou na volta seguinte, mas um problema com a máquina que apertava a roda dianteira esquerda fez o britânico perder mais três segundos e a segunda posição para Piastri.
Apesar de ser líder do Mundial de pilotos, a McLaren pediu ao australiano para devolver a posição ao companheiro de equipa.
Um pedido que deixou Verstappen divertido quando soube do sucedido pelo rádio. “Só porque teve uma paragem mais lenta?”, perguntou.
Verstappen acabou mesmo por cortar a meta em primeiro, seguido de Lando Norris que rubricou a volta mais rápida em corrida, com novo recorde no circuito italiano, ao rodar em 1.20,901 minutos.
“Tentei manter o pé [do acelerador] em baixo. Diverti-me, mas não tínhamos nem o ritmo, nem a velocidade do Max”, frisou Norris, que recuperou três pontos ao companheiro de equipa.
Quanto a Verstappen frisou que “foi um grande dia” para a equipa. “Pude gerir o ritmo e parámos no momento certo”, sublinhou.
O monegasco Charles Leclerc foi o melhor da Ferrari, ao ser quarto classificado, seguido dos britânicos George Russell (Mercedes) e Lewis Hamilton, no segundo Ferrari.
Com estes resultados, Oscar Piastri mantém o comando do campeonato, agora com 324 pontos, seguido de Lando Norris, que tem 293, e de Max Verstappen, com 230.
Segue-se o GP do Azerbaijão, dentro de duas semanas.