A meio da corrida de sprint, o formado comprimido que vai na sua segunda temporada de experimentação, Max Verstappen parecia, como sempre, demasiado dominador. Partindo de segundo, o Red Bull número 1 sabia que era uma questão de tempo até ultrapassar Kevin Magnussen, que na sexta-feira protagonizou um dos insólitos da temporada, ao conquistar a pole para o GP São Paulo. O Haas do dinamarquês ainda se fez de difícil na curta reta da meta de Interlagos, mas não demoraria muito o business as usual: Magnussen a andar para trás, Max em primeiro e George Russell (Mercedes) em segundo.
Acontece que a habitual velocidade de ponta dos Red Bull, que parecia inexpugnável até meio da corrida, começou a ser seriamente ameaçada pelo jovem britânico, que depois de várias tentativas, em belos momentos de corridas, conseguiu mesmo ultrapassar o campeão do mundo, à volta 15 das 24 da prova.
E dali ninguém mais o tirou. Para Russell é uma espécie de primeira vitória, não oficial, na Fórmula 1. Na prática, o que significa é que será o primeiro a partir para a corrida principal do GP São Paulo, no domingo. “That’s how we roll”, festejou no rádio com a sua equipa, que parece, neste final de temporada, ter encontrado o ritmo que falhou durante todo o ano.
Com Max Verstappen em dificuldades (acabou apenas em 4.º), Carlos Sainz (Ferrari) terminou em 2.º e Lewis Hamilton (Mercedes), o novo cidadão honorário do Brasil, em 3.º. Contudo, para efeitos de grelha, poderá ainda haver alterações: o espanhol será penalizado por uma mudança no motor e o heptacampeão mundial vai ser investigado por irregularidades na partida - uma penalização também poderá estar a caminho.