O Grande Prémio da Hungria ficou marcado pela primeira pole position da carreira de George Russell, a estratégia da Ferrari que continua a afastar Charles Leclerc do pódio e a chegada de Nicholas Latifi ao primeiro lugar no terceiro treino livre. Mas fora da pista, houve mais. Pela segunda vez este ano, os adeptos presentes no circuito para apoiar Max Verstappen e a Red Bull surgiram em vídeos a queimar merchandising de Lewis Hamilton.
O líder do Mundial de Fórmula 1 criticou os adeptos que o fizeram e disse mesmo que aquelas eram ações “nojentas”.
"É claro que isso não é aceitável. Não concordo de todo com isso porque é simplesmente nojento", disse aos jornalistas depois de vencer o GP em questão.
Verstappen, o primeiro campeão mundial neerlandês, tem uma grande base de fãs que o segue para todo o lado ao longo do ano: o Orange Army (exército laranja). As imagens que circularam nas redes sociais durante o fim de semana mostram um grupo de adeptos a queimar merchandising da Mercedes, especificamente de Hamilton. Isto seguido do que já tinha acontecido no Grande Prémio da Áustria, no Red Bull Ring, quando foram relatadas inúmeras situações de assédio a mulheres, racismo e homofobia.
Esta segunda-feira foi o primeiro dia da pausa de verão da Fórmula 1, mas no final do mês o Mundial regressa para o GP Bélgica, país onde Verstappen nasceu. Outro circuito onde se espera uma grande enchente de adeptos para apoiar o campeão mundial. Na semana seguinte corre-se o GP Países Baixos.
Ainda assim, o piloto esforçou-se para deixar claro que nem todos os seus fãs têm essas atitudes. Sentado ao lado de Hamilton, segundo classificado na corrida, durante a conferência de imprensa do passado domingo, Verstappen defendeu que a maioria dos seus fãs têm respeito pelos outros pilotos.
“No geral, penso que a maioria dos fãs... eles também aplaudiram muito durante a corrida e também no pódio por cada piloto, penso que é assim que deve ser", disse, garantindo de novo: “O vídeo do merchandising a arder, acho que isso é nojento”.