Há poucos dias, a Aston Martin “perdeu” o tetracampeão do Mundo Sebastian Vettel, que anunciou a saída da Fórmula 1 no final da temporada 2022. Num vídeo de uma franqueza louvável, o alemão explicou as suas razões para deixar a categoria que o tornou mundialmente famoso.
Passado o Grande Prémio da Hungria, a equipa anglo-canadiana anunciou o novo companheiro de Lance Stroll, filho do dono da Aston Martin e com lugar assegurado para a próxima época. Ao lado do canadiano, vai estar outro veterano, vencedor de dois Mundiais de pilotos: Fernando Alonso, que deixa a Alpine, com alguma surpresa para os fãs, que viam mais competitividade no carro francês.
Depois de dois anos sabáticos, o asturiano regressou à Fórmula 1 para pilotar um renomeado Renault – a marca que lhe deu os dois títulos –, agora Alpine, e tem conseguido, ao lado de Esteban Ocon, um conjunto de atuações impressionantes e, acima de tudo, uma visível evolução do carro azul. Já a Aston Martin, antiga Racing Point, tem tido mais dificuldades em chegar aos pontos, apesar dos esforços de Vettel e de Stroll. Por isso, foi com alguma surpresa que o mundo da F1 recebeu a notícia da entrada de Alonso na equipa detida por Lawrence Stroll.
Na segunda-feira, depois de Sebastian Vettel ter conseguido levar o seu monolugar ao 10º lugar, dando um precioso ponto à equipa, o site oficial da Aston Martin anunciou a chegada de Alonso, “uma clara declaração de intenções de uma organização comprometida com o desenvolvimento de uma equipa de F1 ganhadora”. O contrato com o espanhol, que completou 41 anos na última sexta-feira, é "plurianual", pelo que é expectável que a ligação de Alonso à Aston Martin dure mais do que apenas 2023.
Alonso disse: “Conheço Lawrence e Lance Stroll há muitos anos e é óbvio que eles têm a ambição e a paixão para serem bem-sucedidos na Fórmula 1. Tenho visto como a equipa tem sistematicamente atraído grande pessoas com um pedigree ganhador, e apercebi-me do grande compromisso com as novas instalações e recursos em Silverstone. (…) Eu ainda tenho a fome e a ambição de lutar por estar lá à frente, e quero fazer parte de uma organização comprometida com a aprendizagem, o desenvolvimento e o sucesso”.