Adeptos com bilhete válido e que não passou no sistema de verificação dos torniquetes do Stade de France. Outros que nunca chegaram, sequer, a aproximarem-se da entrada do recinto. Pessoas a treparem os portões de acesso ao estádio e a correrem para dentro do recinto ou agentes da polícia a utilizarem gás lacrimogéneo contra cidadãos captados, em vídeo, a comportarem-se pacificamente. As horas que antecederam a final da Liga dos Campeões, no sábado, em Paris, rechearam-se de incidentes.
O jogo arrancaria com mais de meia hora de atraso e a UEFA requereu “um relatório independente” a esses “eventos que rodearam” o encontro entre o Real Madrid e o Liverpool. Quem ficará encarregue de o “compilar” e “liderar” é Tiago Brandão Rodrigues, antigo Ministro da Educação com a Tutela do Desporto e da Juventude, que exerceu o cargo entre 2015 e 2022, até às últimas eleições legislativas.
A entidade que manda no futebol europeu fez o anúncio esta segunda-feira, dando conta de como o ex-governante português “concordou” em trabalhar no relatório em regime “pro bono”, de forma a “garantir a sua independência no processo”. A UEFA destacou, também, o historial de cargos de Tiago Brandão Rodrigues — integrou a Agência Mundial de Anti-Dopagem entre 2019 e 2021, além de ter acompanhado a delegação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: dpombo@expresso.impresa.pt